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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Notícias Internacionais! 2ª Parte da Entrevista Punk in Africa (Com Ivan Kadey, banda National Wake)




National Wake é uma das maiores referências quando se fala em movimento punk na África. Sua carga política não se trata de uma crítica superficial ao sistema mas sim, à uma reflexão étnica de um país onde as diferenças raciais sempre foram a base mais forte para a segregação social. 


África do Sul teve uma formação histórica baseada em sangue e opressão como toda nação homogênica e nesse contexto, sempre houveram vozes que se colocaram contra essa situação. Como é de conhecimento de todos o movimentos punk é uma dessas vozes. Bem parecido com o contexto que o punk surgiu no Brasil, a África do Sul vivia o apartheid, mesmo assim aparece o National Wake uma banda que rompia isso, trazia a mensagem de liberdade em sua própria formação com negros e brancos, e consequentemente, aos shows também.
Ivan Kadey e Keith Jones
Continuando a série de entrevistas do Terra Sem Lei sobre o punk na África, trazemos hoje Ivan Kadey, membro do seminal grupo National Wake, que vai contar sobre suas experiências, dificuldades, sonhos, enfim, sobre sua vida nos anos 70, como membro de uma das maiores bandas de punk do continente africano.






Entrevista em Português

1- Primeiramente quero que você fale sobre o cenário político da África do Sul nos anos 70, como você teve contato com o punk e começou a tocar.

 Durante os anos 70 a África do Sul estava se tornando mais isolada do resto do mundo. A política do apartheid estava em total controle do país, e o partido governante estava com controle total do país, o partido que estava no poder caiu eles podiam implementar seu poder usando a força bruta.


 Houve uma contra cultura no país entre os jovens que estavam ligados nos anos 60; ligados à música, os movimentos pelos direitos civis, a resistência ao militarismo, à bomba (nuclear) e guerra. No nível político, houveram organizações desafiando as políticas do governo e as consequências foram mandatos de prisão sem julgamento, e encarceramento a longo prazo para todos que se envolvessem com ações políticas de desafio ao sistema do apartheid.


A indústria da música era muito restrita e o rádio era controlado e censurado pelo governo. Na maioria das vezes a música que os jovens brancos seguiam eram as tendências da América e Reino Unido. Haviam artistas que cantavam sobre a situação da vida na África do Sul, das injustiças de um sistema baseado na raça e na cor. O punk chegou na África do Sul através das lojas de discos – em cada cidade havia algumas lojas que importavam música direto dos EUA e R.U. Ignorando a seleção de álbuns das companhias a serem lançados. No fim dos anos 70 os primeiros álbuns de punk escorriam pelas ruas. Houve algo no espírito do punk que inspirou a convicção no direito de fazer nosso próprio palco, expressar nossa fúria e sentimentos sem referência para as tendências e gostos musicais prevalecentes da hierarquia musical já estabelecidas – rádios, clubes, concertos. Para o National Wake, aquele era o espírito que definia a banda como punk, mais do que a forma que a música tomou. Os membros da banda tinham um plano de fundo (cultural) que nos expôs a uma grande variedade de influências musicais e crescendo na África todos nós tivemos ritmos no sangue até os ossos. Todos nós estávamos unidos em nosso empenho de expressar uma visão alternativa da possibilidade de uma harmoniosa e feliz relação. Para levantar e tocar juntos inevitavelmente nos lançamos ao abismo dos riscos e perigos e de um jubiloso abandono.


2. Musicalmente, quais eram as influências da banda (tanto de dentro como de fora da África) e
 como isso influenciou vocês do N.W.?

Por favor, leia a nota na página do N.W. No facebook - letter to Arian Kagonoff. Eu falo sobre muitas influências.
Você pode ler a carta clicando aqui

3. Como foi ser punk nos anos 70 na África do Sul? Como o punk reagia ao racismo?

No National Wake eu não acho que nos identificávamos como “punks”. Nós reagimos ao racismo formando uma banda que desafiava o separatismo racial do apartheid onde pessoas de diferentes raças não eram permitidas a se misturarem livremente tanto em industriais e comerciais situações. Nossa atitude de resistência foi uma encoroporação da atitude punk.

Nota do TSL: a banda também tinha em sua formação membros brancos e negros, fazendo assim desde sua própria formação um ato de protesto, resistência e ameaça ao apartheid.

4. Vi uma vez que Panka (membro da banda) foi preso pela polícia, certo? Como foi isso? Ele ficou livre depois?
Ele foi preso por ser branco em um espaço para “brancos” sem um “passe”. O movimento dos Povos Indígenas Africanos na cidade era controlado pela lei que havia um tipo de passaporte interno que tinha de ser carregado todo tempo. Isso era um constante jogo de gato e rato como pois nós nos  movemos por dentro e fora de diferentes áreas. Em áreas “negras”, os membros não “Africanos” da banda eram requisitados a ter permissão. Isso era um absurdo, uma situação que muitas vezes resultou em complicações perigosas. Nós de alguma maneira nos gerenciamos para saber onde pisar na maioria desses obstáculos. Há magia na música e isso ajudava. No incidente onde Panka foi preso, ele foi pego numa sexta-feira, e nós só podemos libertá-lo na segunda-feira. Nós fomos postos em um interrogatório na ocasião – assim nos tornamos mais conhecidos, e especialmente depois que nosso álbum foi lançado, nós ficamos sob constante fiscalização e fomos visitados pela polícia duas ou três vezes diariamente. Não tinha prisões, mas, pressão constante.
5. O National Wake conquistou um espaço significativo na cena musica da África, certo? Você pode falar sobre como isso aconteceu?
Especialmente na África do Sul – Eu acredito que o espaço existiu para uma banda manifestar uma forma contrária para o dogma dominante. Nós preenchemos aquele espaço e tínhamos a música, as letras e o som para Acordar a Nação (Nota: parafraseando o nome da banda que significar Acordar Nacional). Nossos shows eram cheios de energia excitação, perigo e muita diversão através da dança. Vibrações positivas.

6. O que foi a pior e a mais valiosa coisa em ser punk naquela época?
Desafio enorme da conformidade da sociedade que era totalmente autoritária.

7. Fale sobre os membros e suas contribuições para a banda.
Gary Khoza esteve tocando profissionalmente desde os 9 anos de idade. Um verdadeiro prodígio. Ele começou como baterista na banda Flaming Souls da cidade de Alexander, mudou pro teclado com a banda que ele formou com seus irmãos, chamada Monks (monges). Quando o Wake foi formado, Gary assumiu o baixo e se tornou as raízes da banda. Seu irmão mais novo, Punka tinha aprendido a tocar bateria com Gary, e juntos formavam a base do ritimo do National Wake. Eles construiram juntos uma rica e inacreditável mistura de estilos e músicas que vieram a se tornar o som da National Wake.
Steve veio de uma tradição clássica na qual ele foi ensinado logo na infância. Sendo um rebelde por natureza, ele logo se voltou para a guitarra e explorou o rock/avant gard da época. Antes de entrar no Wake ele fundou o The Safari Suits na Cidade do Cabo em 1978, ainda teve uma breve passagem pelo Pop Guns. Ele trouxe estas influências e


um compromisso em explorar fronteiras – explorando um som único com uma veia experimental. Seu amor pela melodia e o ritimo contribuiram para o lado lírico do Wake.


Ivan veio de uma tradição popular e de protesto. Ele se guiou em compor e expressar sentimentos relacionados à vida na África do Sul desde a juventude. Ele teve uma visão de banda com a experiência direta da vida na África do Sul, transcendendo as leis de separação de raças que eram vigentes naquela época. Para o Wake, as performances eram uma ação direta política. Ele trouxe para a banda uma habilidade para segurar o grupo junto através dos altos e baixos que aconteciam.
Kelly Petlange deixou uma carreira segura na juventude para poder perseguir seu sonho de tocar flauta e sax. Ele tinha uma base no jazz e no jazz distrital (um tipo de jazz local) em particular. Ele e Gary se encontraram muitos anos antes e sonharam em tocar juntos. Kelly entrou para a banda na época da gravação de seu álbum de estréia. Ele trouxe um forte som melódico para as músicas com uma caraterística bem africana.

8.  Por quanto tempo NW esteve ativo? E por que a banda acabou?
Telegrama do governo negando que uma banda de
 "raças misturadas" pudesse tocar em alguns shows.
Três anos ativos firmes numa guerra contra o absurdo, o racismo, mentes estreitas, crueldade.


A banda encerrou suas atividades por que nós estávamos quebrados; sem dinheiro, sem espaço nas rádios (airplay - termo usado pelo espaço nas rádios, já que veiculam o som pelas ondas do ar), muita pressão, espatifamos.

9. Em uma reportagem que você escreveu, você falou sobre como a Segunda Guerra Mundial influênciou na África, pode falar aos nossos leitores como foi isso?
Este denso e complicado momento histórico da ascensão do Nacionalismo Africâner e sua identificação através do histórico ódio dos ingleses e identificação com o Nazismo etc.

10. Nos dias de hoje como você vê as consequências do National Wake na cena punk da África do Sul e fora dela?
Ponto interessante; as consequências do NW na cena punk da África do Sul parece ser uma recente manifestação da perspectiva histórica moldando o entendimento presente: nunca foi realmente um pensamento da NW ser uma banda “punk”, ao mesmo tempo que sentiamos isso... Na verdade nós costumávamos chamar nossa música de de “gunk” (gunk quer dizer lamaçal, então essa definição soa como estilo rock da lama) rock -  difícil dizer, nós éramos dessa maneira, mais do que uma percepção chapada – Eu acho que isso era uma espécie de prenúncia pro “grunge” que veio surgir em Seatle mais tarde. Nós escrevemos e tocamos “Black Punk Rockers” (Punk Rockers Negros) e naquela música nós conseguimos retratar bem a nossa visão sobre o que nós mesmos representamos.



Entrevista en Español
*Créditos por la traducion a Pamela Alvarez

1. En un primer momento quiero hablar de la escena política de SA en los años 70 y cómo ponerse en contacto con el punk y empezar a jugar

Durante setenta sur de África era cada vez más aislado del mundo exterior. La política de "apartheid" era el control total del país, y el partido gobernante sentían que podían poner en práctica sus planes por la fuerza bruta. Había una contracultura en el país entre los jóvenes que estaban en sintonía con los años 60, la música, el movimiento de derechos civiles, la resistencia al militarismo, la bomba y la guerra. En el plano político, hay organizaciones que desafían las políticas de los gobiernos y las apuestas eran de alta detención sin juicio y el encarcelamiento a largo plazo son una consecuencia de la participación en la política de desafío.


La industria de la música era muy estrecha y la radio era el gobierno controlado y censurado. Sobre todo, la música entre la juventud blanca seguido las tendencias de América y el Reino Unido hubo artistas que cantaron de la situación de la vida en el sur de África, de las injusticias de un sistema basado en la raza y el color. punky llegamos en el sur de África a través de las tiendas de discos - en cada ciudad había unas cuantas tiendas que la música importaba directamente desde los EE.UU. y el Reino Unido, sin pasar por la selección de las compañías de discos para lanzar. A finales de los años 70 los álbumes Punk primero corrían.

Hay algo en el espíritu del punk inspirado en la creencia de que los correctos para hacer que nuestro propio escenario y expresar nuestra rabia y sentimientos sin hacer referencia a las tendencias y gustos predominantes de las jerarquías establecidas musicales - radio, discotecas, conciertos. Por Wake Nacional, fue este espíritu que define a la banda como Punk, más que la forma de la música tomó. Los miembros de los orígenes de la banda nos habían expuesto a una gran variedad de influencias musicales, y creciendo en África todos teníamos el ritmo en la sangre y los huesos. Estábamos todos unidos en nuestro deseo de expresar una visión alternativa de la posibilidad de relaciones armoniosas y felices. Para ponerse de pie y realizar juntos inevitablemente nos lanzó hacia el reino de riesgo y peligro y abandono gozoso.

2. Musicalmente, ¿cuál fue la influencia de la banda (de África y fuera) y cómo esta influencia a todos ustedes en NW?
Por favor, lea la nota en la página de Wake N - Carta a Kagonoff Arian. Hablo de las diversas influencias.
3. ¿Cómo iba a ser un punk en los años 70 en SA? ¿Cómo reaccionará el punk al racismo?
En Wake Nacional no creo que nos identifiquemos como "Punks". Reaccionamos con el racismo mediante la formación de una banda que desafía la separación racial del estado del apartheid eran personas de diferentes razas no podían mezclarse libremente, salvo en situaciones industriales y comerciales. Nuestra actitud de desafío era una encarnación de "Punk" actitud.

4. Vi aquella época, Punk fue arrestado por la policía, ¿no? ¿Cómo fue eso? Él era libre después?

Fue arrestado por estar en un área "blanca" sin un "pase". El movimiento de los pueblos indígenas africanos en la ciudad fue controlada por la ley que había un tipo de pasaporte interno que tuvo que ser llevado en todo momento. Era un gato y al ratón constante a medida que entraban y salían de las diferentes áreas. En las "zonas negras", los "africanos" no miembros de la banda estaban obligados a tener los permisos. Era una situación absurda a veces con consecuencias muy peligrosas. De alguna manera logró dar un paso a la ligera a través de la mayoría de estos obstáculos. Hay magia a la música y ayudó a esto. En el incidente en el que Panka fue arrestado, fue detenido el viernes, y que sólo fueron capaces de pagar su fianza el lunes. Nos detuvimos para ser interrogado en ocasiones - como lo hizo más conocido, y sobre todo después de nuestro álbum fue puesto en libertad, que fue objeto de vigilancia constante y fueron visitados por la policía dos o tres veces al día. No hubo arrestos, pero la presión constante.


5. Wake Nacional tuvo una conquista de un espacio significativo en la escena musical en África ¿no? ¿Puedes decir cómo sucedió esto?
Específicamente Sudáfrica - Yo creo que el espacio existente para una banda de manifestar la contra - forma al dogma dominante. Llenamos el lugar y tuvo la música, las letras, y el sonido para despertar a la nación. Los conciertos se llenaron de energía, emoción, peligro y mucho baile alegre. Vibración positiva.


6. ¿Cuál fue el más malo y lo más vicioso en el ser un punk en esa época?


Desafío escarpado de la conformidad de la sociedad que era totalmente autoritaria

7. ¿Qué es Wake Nacional?  De dónde viene el nombre, cuál fue el conceptual detrás de la banda, el espíritu y decirles acerca de los miembros, y contribuciones individuales a la banda.

Gary Khoza había estado tocando música profesionalmente desde la edad de 9 años. Un verdadero prodigio. Empezó como un baterista de Almas llameantes del municipio de Alexander banda ", se trasladó a los teclados con la banda que fundó con sus hermanos, llamados los monjes. Cuando el despertador formado Gary tomó el bajo y se convierten en la base sólida de la banda . Su hermano menor Punka había aprendido tambores de Gary, y juntos formaron la sección rítmica sólida roca de Wake Nacional. trajeron una gran experiencia y una increíble variedad de estilos de música a la mezcla que se convirtió en la música Wake.
Steve provenía de una tradición clásica que había sido educado en una edad temprana. Ser un rebelde por naturaleza, pronto se volvió hacia la guitarra y exploró la música rock y guardia vanguardia de los tiempos. Antes de unirse al Wake había fundado "los trajes de safari" en Ciudad del Cabo en 1978, y tuvo un breve período con los "Guns Pop". Él trajo estas influencias y el compromiso de ampliar los límites-de explorar un sonido único con un borde experimental. Su amor por la melodía y el ritmo contribuido al lado lírico de la Wake.
Ivan provenía de una tradición popular y la protesta. Fue conducido a componer y expresar los sentimientos relacionados con la vida en el sur de África desde una edad temprana. Él tuvo una visión de la banda como una experiencia directa de la vida en el sur de África que trasciende las leyes de la separación de las razas existentes en el momento. Para el Wake, el rendimiento fue una acción política directa. Él trajo a la banda de la capacidad de mantener unido al grupo a través de todos los altibajos de su lucha.
Kelly Petlange había dejado una carrera segura en una edad joven en busca de su sueño de tocar la flauta y el saxo. Él tenía una base en el jazz y el jazz "municipio" en particular. Él y Gary había conocido muchos años antes y soñaba con jugar juntos. Kelly se unió a la banda en el momento de su grabación del álbum debut. Trajo un elemento melódico fuerte para el sonido con un toque distintivo africano.



8. ¿Por cuánto tiempo el NW estaba activo? y por qué la banda se separó en marcha?


Tres años de servicio activo en la guerra contra el absurdo, el racismo, la suciedad de mente estrecha y la crueldad.
Se rompió para arriba porque nos rompió - no hay dinero. Rompió  - no AirPlay. Rompió - demasiada presión. Agrietado.




9. En un informe que se escribe, se habla de la segunda guerra y cómo este resultado en Africa, le puede decir a los lectores acerca de esto?


No estoy seguro de lo que quieres decir ... si es la Segunda Guerra Mundial ... esto es historia densa y complicada en la subida del nacionalismo Afrikaaner y su identificación a través del odio histórico de Inglés e identificación con la filosofía de la raza nazi etc.

10. En la actualidad la forma de ver las consecuencias de la Wake Nacional de escena punk SA (y fuera de ella)?
Interesante pregunta: consecuencia de Wake Nacional de escena punk SA parece ser una manifestación reciente de la perspectiva histórica la conformación actual comprensión: Nunca pensé en Wake Nacional como un "punk" banda como tal, aunque nos hizo sentir esto ... de hecho, utiliza para llamar a nuestra música "gunk" rock - hard decir que somos proviene de esta, que no sea la percepción apedreado - Creo que es una especie de prefigura el sentido de "Grunge" que salió de Seatle más tarde. Habíamos escrito y realizado "punk rockers negros" y en esa canción definitivamente retratar ese sentido de nosotros mismos...



Interview in English



1. At first moment I want you to talk about political scene of SA on 70's and how you get in contact with punk and start to play 

during seventies south Africa was becoming more isolated from the outside world. The policy of "apartheid" was fully in control of the country, and the ruling party felt they could implement their plans by brute force. There was a counter culture within the country amongst the youth who were tuned into the 60's; to the music, the civil rights movement, the resistance to militarism, the bomb, and war. On a political level, there were organizations defying the governments policies and the stakes were high- detention without trial and long term imprisonment were a consequence of involvement in the politics of defiance. 



The music industry was very narrow and radio was government controlled and censored. Mostly, music among the white youth followed trends of America and the U.K. There were artists who sang of the situation of life in South Africa, of the injustices of a system based on race and color. punk arived in South Africa via the record stores - in each city there were a few stores that imported muscic directly from the USA and the UK, bypassing the companies selection of albums to release. In the late 70's the first Punk albums trickled in. There was something in the spirit of Punk that inspired belief in ones right to make our own stage and express our rage and feelings without reference to the trends and prevailing tastes of the established music hierarchies - radio, clubs, concerts. For National Wake, it was this spirit that defines the band as Punk, more than the form the music took. The members of the band backgrounds had exposed us to a wide range of musical influences, and growing up in Africa we all had the rhythms in our blood and bones. We were all united in our desire to express an alternative vision of the possibility of harmonius and joyous relations. To get up and perform together inevitably launched us into the realm of risk and danger and joyous abandon.



2. Musically, what was the influences of the band (from Africa and outside) and how this influence all of you on NW?


Please read that note in the N Wake page - letter to Arian Kagonoff. I talk of the various influences.
You can read it by clicking here


3. How was to be a punk on the 70's on SA? How the punk react to the racism?


In National Wake I don't think we identified ourselves as "Punks". We reacted to racism by forming a band that defied the racial separation of the apartheid state were people's of different races were not allowed to mix freely other than in industrial and commercial situations. Our attitude of defiance was an embodiement of "Punk" attitude.

4. I saw that one time, Punka was busted by the police, right? How was this? He was free after?


He was arrested for being in a "white"area without a "pass". The movement of African indigenous people in the city was controlled by the law that there was a type of internal passport that had to be carried at all times. It was a constant cat and mouse game as we moved in and out of different areas. In "black" areas, the non "African" band members were required to have permits. It was an absurd situation with at times very dangerous implications. We somehow managed to step lightly through most of these obstacles. There is magic to music and this helped. In the incident where Panka was arrested, he was picked up on a Friday, and we were only able to bail him out on the Monday. We were pulled in for questioning on occasion - as we became more known, and especially after our album was released, we came under constant surveillance and were visited by the police two or three times daily. No arrests, but constant pressure.



5. National Wake had a conquest a significative space on musical scene on Africa right? Can you tell how this happened?


Specifically South Africa - I believe the space existed for a band to manifest the counter-form to the ruling dogma. We filled that place and had the music, the lyrics, and the sound to Wake the Nation. Our gigs were filled with energy, excitement, danger, and lots of joyful dancing. Positive vibration.

6. What was the baddest and the the most valious thing in be a punk on that era?


Sheer defiance of the conformity of the society which was totally authoritarian.



7. What is National Wake? From where comes the name, what was the conceptual behind the band, the spirit and tell about the members, and individual contribuitions to the band.



Gary Khoza had been playing music professionally since the age of 9 years old. A true prodigy. He started out as a drummer with the Alexander Township band 'Flaming Souls", moved to keyboards with the band he founded with his brothers, called the Monks. When the Wake formed Gary picked up the Bass Guitar and become the solid root of the band. His younger brother Punka had learnt drums from Gary, and together they formed the rock solid rhythm section of National Wake. They brought a wealth of experience and an unbelievable range of music styles to the mix that became the Wake music.
Steve came from a classical tradition which he had been schooled in at an early age. Being a natural rebel he soon turned to the guitar and explored rock and avant guard music of the times. Before joining the Wake he had founded "the Safari Suits" in Cape Town in 1978, and had a brief period with the "Pop Guns'. He brought these influences and a commitment to pushing the boundaries- of exploring a unique sound with an experimental edge. His love of melody and rhythm contributed to the lyrical side of the Wake.

Ivan came from a folk and protest tradition. He was driven to compose and express feelings related to life in South Africa from a young age. He had a vision of the band as a direct experience of a life in South Africa transcending the laws of separation of races operative at the time. For the Wake, performance was a direct political action. He brought to the band an ability to hold the group together through all the up and downs of their struggle .


Kelly Petlange had left a safe career path at a young age in pursuit of his dream to play flute and sax. He had a grounding in jazz and "township" jazz in particular. He and Gary had met many years before and dreamt of playing together. Kelly joined the band at the time of their recording the debut album. He brought a strong melodic element to the sound with a distinctive african feel.

8. For how long the NW was active? And why the band broke-up?


Three years active duty in the war against absurdity, racism, narrow minded ness, cruelty.
Broke up because we were broke - no money. Broke- no AirPlay . Broke- too much pressure. Cracked.

9. On a report that you write, you talk about the second war and how this result on Africa, can you tell to the readers about this?


Not sure what you mean...if its the Second World War ... this is dense and complicated history on the rise of Afrikaaner Nationalism and it's identification through historic hate of Englishn and identification with Nazi race philosophy etc.


10. On nowdays how you view the consequences of the National Wake on SA punk scene (and outside of it)

Interesting question: consequence ofv ationalmWake on SA punk scene seems to be a recent manifestation of historical perspective shaping present understanding: never really thought of National Wake as a "punk" band as such, although we did sense this...in fact we used to call our music "gunk" rock - hard to say we're this comes from, other than stoned perception - I think it sort of foreshadows the sense of "Grunge" that came out of Seatle later. We had written and performed "Black Punk Rockers" and in that song definitely portray that sense of ourselves...