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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Greve estudantil pára Costa Rica

Por Rose Cerqueira
É fato, a ponta da lança na maioria das revoltas e revoluções em todo mundo são estudantes. Isso devido ao ambiente de conhecimento e por ímpeto ter a deliciosa e prazerosa rebeldia juvenil que os lança contra o sistema munidos de utopias e desejos de mudança em busca de justiça. Assim tem sido em Porto Rico desde abril quando os estudantes da Universidade  de Porto Rico decidiram dizer um basta a tentativa de retirada da autonomia universitária em uma memorável greve com mais de 20 mil estudantes universitários nas ruas e no campus dizendo não a privatização do ensino público do país.
No dia 21 de abril de 2010 os estudantes se posicionando contra uma nova lei que prepara a privatização da instituição, privando a universidade de recursos, assim como também a saúde, a cultura e a assistência social. Em menos de uma semana o que se tratava apenas de um movimento restrito aos estudantes tornou-se uma luta nacional. Foi como se as esperanças e os sonhos de uma nação tivessem sido reavivadas e o povo começou a identificar na luta particular dos jovens do país um projeto de nação o que fez os estudantes perceberem que a questão era muito mais profunda e isso revigorou o desejo de liberdade do povo porto-riquenho.
A lei que levou os estudantes às ruas acabou por provocar o congelamento de salários dos trabalhadores públicos e estes, por sua vez, também se organizaram e mais de 15 mil foram para as ruas defender seus direitos e os serviços públicos em geral. Como a população mais pobre depende dos serviços públicos no que diz respeito à educação, saúde e assistência social, o apoio às lutas dos trabalhadores e estudantes foi imediato.
Há cinco anos, em 2005, os estudantes universitários já haviam realizado greves, para paralisar o processo da privatização. Em quase toda a America Latina o processo de privatização se faz de forma rasteira e lenta, isso é uma realidade. Mas esse ano o estopim para a paralisação geral em Porto Rico foram as medidas de redução do orçamento e o aumento do valor da matrícula que provocou também outros setores e a explosão grevista deixou o país em uma situação insustentável.
Foram dois meses de luta firme e como sempre os estudantes enfrentaram violenta repressão. O governo ordenou fechar a instituição impedindo a entrada de água e alimentos. Apesar das medidas violentas, o povo, solidário encontrou maneiras de fazer chegar a comida e a água. A ação do governo contra o movimento despertou o país e sindicalistas, artistas e trabalhadores  realizaram marchas e atos políticos contra a ordem vigente em favor da causa estudantil e da nação porto-riquenha.
O governo ameaçou suspender o ano acadêmico e declarou que a UPR iria perder sua condição de universidade pública. A alegação era que a greve era abusiva, ilegal e, por isso, não media esforços para reprimir e criminalizar a luta. Nada diferente do que acontece por essas bandas, tudo muito igual a cartilha neoliberal que o governo Lula segue quando se ousa contestar suas políticas e romper com a ordem.
Contudo, os estudantes não se intimidaram. Exigiram negociações e mantiveram a greve. O processo de mobilização popular tomou proporções  gigantescas e o governo teve de recuar, abrindo negociações.
Nesse momento entrou em cena a mídia local. Travou-se uma guerra midiática. Na televisão o governo e entidades empresariais gastaram fortunas tentando convencer a população de que a greve não era bom para o povo porto-riquenho. Mas os estudantes reagiram através da “Rádio Huelga” (http://radiohuelga.com/wordpress), instrumento pelo qual mantinham diálogo com o povo, convencendo-o de que o povo unido alcança a vitória.

Os estudantes seguiram até o fim do mês de junho em resistência acampado no campus de Río Piedras. Segundo informação do site bandera.org, o governo cedeu e as manifestação deram uma pausa e os estudantes voltarão às aulas em agosto.
Durante o período acampados, os estudantes da UPR realizaram atos, fizeram formaturas simbólicas, criaram hortas comunitárias, fizeram limpeza, promoveram teatro, convocaram a população para visitar o campus, para apresentar uma proposta de uma universidade autossustentada, autônoma, e livre para pensar a realidade nacional.
Um país ferveu e a estrutura do sistema imperialista na America Latina foi abalado e  o Brasil não soube porque nossa imprensa estava mais interessada em noticias as trivialidades da seleção brasileira de futebol na África a estampar para os brasileiros a força de um povo lutando em prol de um bem maior que é a sua soberania.
Veja a fala dos estudantes numa mensagem ao país!

Retirado de: http://movimentoestudantilemfoco.blogspot.com/

Hoje Eu Exagerei

Hoje acordei exausto e estressado, por isso acabei exagerando. Tomei aqueles banhos demorados, uns 25 minutos no mínimo. Depois comi pão branco mesmo, cheio de desperdício para o refinamento. No almoço foi feijão, um montão de arroz e salada. Depois fui comendo bolacha até a faculdade. E o total? Uns 450 litros de água usados para produzir tudo isso. Exagerei não é mesmo?
Agora, avisa seu amigo onívoro aí ao lado que ele exagerou um pouquinho mais, só o hambúrguer dele precisa de 2400 litros de água (quase 2.000 a mais do que eu!), isso sem considerar a quantidade de sangue “desperdiçado”. Será que assim ele se toca?
PS: Para produzir 1 litro de leite, precisa-se de 1.000 litros de água e um imensurável sofrimento ao bicho.


Referências:
http://gritasaopaulo.com.br/Grita%20Ambiente/Noticias/Noticia6.html

http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&temp2=3&proj=sabesp&pub=T&nome=Uso_Racional_Agua_Generico&db=&docid=DAE20C6250A162698325711B00508A40

http://claudioponciano.blogspot.com/2010/03/sao-necessarios-15500-litros-de-agua.html

http://www.mercyforanimals.org/ohdairy/


Fonte: http://vista-se.com.br/redesocial/ 

Exposição fotográfica no Rio de Janeiro retrata mulheres ameaçadas em seus direitos


Será aberta no dia 5 de julho, no Espaço Cultural Cedim Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, a exposição "Mulheres entre luzes e sombras", de João Roberto Ripper, amplamente reconhecido como um dos melhores fotógrafos brasileiros que trabalha com temas sociais. A mostra esteve antes no Congresso Nacional, em homenagem ao mês da mulher.

A exposição enfoca mulheres ameaçadas em seus direitos. Mulheres que têm de mergulhar em si mesmas e nos contatos com as pessoas que amam, buscando, equilíbrio, alegria e força para resistir às discriminações de que são vítimas.

Numa divisão temática, a iniciativa apresenta quatro blocos que são, ao mesmo tempo, distintos, mas que se entrelaçam, pois pretendem contar histórias que apresentam a vida dessas mulheres, como se formassem um todo.

Com quatro blocos, entrelaçados pelas histórias dessas mulheres, a exposição traz Corpos Explorados - que mostra imagens que retratam a vida profissional, o trabalho como meio em busca de si mesmas - , Corpos Violados - imagens que retratam como a violência e a omissão afetam a integridade física, psicológica e sexual das mulheres -, Corpos Ameaçados - o universo proibido, mulheres que seguem em defesa do direito a tomar decisões sobre suas próprias vidas - e Corpos Livres - imagens que nos remetem à histórias de superação, determinação e força de mulheres, mães, conselheiras, fazedoras, contadoras de histórias de vidas e cidadãs.

Serão cerca de 50 ampliações do fotógrafo, feitas ao longo de sua carreira e algumas produzidas especialmente para esta oportunidade, sobre a questão da mulher, seus direitos e opressões.

A exposição é coordenada pela organização Ipas Brasil, em parceria com Articulação Brasileira de Jovens Feministas, Articulação de Mulheres Brasileiras, Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras, Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Comitê Latino-americano e do Caribe pelos Direitos da Mulher, Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Fórum Nacional de Mulheres Negras, Grupo de Teatro Loucas de Pedra Lilás, Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro, Liga Brasileira de Lésbicas, Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais e Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos.


João Roberto Ripper

João Ripper é amplamente reconhecido como um dos melhores fotógrafos brasileiros que trabalha com temas sociais. Foi um dos fundadores da ONG Imagens da Terra, com o objetivo de documentar a injustiça social no campo e nas cidades. Seu trabalho inclui documentação sobre trabalho infantil, trabalho forçado, populações indígenas, trabalhadores rurais, brutalidade policial e pobreza urbana. Atualmente, desenvolve trabalhos como freelancer para os seguintes órgãos: Washington Post, New York Times, Le Monde, Herald Tribune, Revista Nacla, Revista da Fundação Ford, Revista Tempo e Presença, Revista Novamérica, Revista Senac, Educação Ambiental, Agencia Rapho, revista Século, Revista Marie Claire, Revista Caros Amigos, Revista Veja, Revista  Tudo, Revista Domingo (Jornal do Brasil), Revista Sem Fronteiras. Fundador e coordenador da Escola de Fotógrafos Populares Imagens do Povo. É professor convidado do curso de Pós-Graduação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais, da Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro). Há 13 anos faz documentação social em comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul, principalmente entre os Guaranis-kaiowás.


Exposição fotográfica "Mulheres entre luzes e sombras"
Abertura: 5 de julho, às 18h
Visitação: até 21 de julho, das 10h às 19h
Local: Espaço Cultural Cedim Heloneida Studart - Rua Camerino, 51, Centro, Rio de Janeiro
Tel (21) 2334-9527
Entrada franca

 

Informações para a imprensa:
Ipas Brasil
(21) 8222-9310 (Evanize Sydow)