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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Projeto de Lei que obriga a realização de exame de contraprova em animais suspeitos de Leishmaniose

Foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na última quarta-feira, 23/06/10, o Projeto de Lei número 510/10, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PV-Campinas), que normatiza o controle da eutanásia de cães portadores de Leishmaniose Visceral Canina.

Segundo a propositura aprovada, para que seja feita a eutanásia em cães portadores de Leishmaniose no Estado de São Paulo será obrigatória a realização de, pelo menos, dois exames para confirmar a presença do parasito que transmite a doença no animal: um sorológico e outro parasitológico ou sorológico com antígeno recombinante.

O primeiro exame a ser realizado nos cães deverá ser o sorológico de antígenos totais. Os animais cujo resultado deste exame resultar positivo serão considerados suspeitos da doença, que somente será confirmada mediante a realização de um segundo exame comprobatório.

Os exames realizados com o intuito de investigação ou inquérito epidemiológico, feitos pelos órgãos de zoonoses, canis públicos, unidades de saúde e estabelecimentos oficiais do Estado, só poderão ser usados como levantamento epidemiológico e não como diagnóstico ou critério para eutanásia de animais.

Segundo a proposta aprovada pela Assembleia Legislativa, os animais que obtiverem resultado positivo nos exames sorológicos de antígenos totais serão considerados suspeitos e poderão realizar outros exames para a confirmação de seu estado de portador de Leishmaniose. Os exames comprobatórios deverão ser realizados de forma gratuita pelos órgãos competentes ou mesmo em laboratórios particulares, devidamente credenciados na Rede Oficial do Ministério da Saúde.

A Constituição Brasileira garante o direito a contraprova de exames realizados pela rede pública de saúde, desde que o dono do animal faça a solicitação por escrito ao Poder Público.

Casos em que os animais poderão ser eutanasiados:
Os animais somente poderão ser eutanasiados caso apresentem o seguinte quadro, cumulativamente:

I- o exame parasitológico escolhido apresentar resultado positivo;
II- o exame confirmatório, se realizado, apresentar resultado positivo;
III- não existir possibilidade de tratamento da doença.
IV- o proprietário assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, formulado pelo Centro de Controle de Zoonoses, o qual deve conter todas as informações prestadas ao proprietário, inclusive da possibilidade de requerer a contraprova dos exames positivos do Poder Público ou realizá-la a seu custo, e de optar pelo tratamento sob acompanhamento de médico veterinário.

Havendo a possibilidade de tratamento, o proprietário obrigatoriamente deverá realizá-lo, a seu custo, com médico veterinário que ficará obrigado a emitir laudo de acompanhamento semestral ao Centro de Controle de Zoonoses.

O Projeto de Lei será encaminhado para sanção do Governador do Estado de São Paulo

Mais informações: www.felicianofilho.com.br

Assessoria Parlamentar
Deputado Estadual Feliciano Filho

Fone:
11 3884-2175
11 3886-6534

Poema ao garoto gay de 14 anos que foi estrangulado

Este poema foi escrito em homenagem ao garoto gay estrangulado por homofóbicos.

Oferecemos o mesmo aos políticos evangélicos homofóbicos que emperram o plc 122 ( projeto que criminaliza a homofobia)

parabéns senhores evangélicos homofóbicos!



Se tivesse dado tempo... (Rafael Menezes)

Se tivesse dado tempo eu iria a algumas festas, em outras não seria convidado, mas iria mesmo assim, sabe como é, coisas de um menino de 14 anos.

Se tivesse dado tempo eu iria ao shopping no ano que vem e compraria um presente pro meu namorado que eu nem sei quem poderia ter sido.

Se tivesse dado tempo, poxa, eu achava que ia dar, eu sentaria no ponto do ônibus pra esperar nada nem ninguém, apenas pra ver a vida correndo e me invejando sem pressa alguma.

Se eu soubesse que não daria tempo, eu comeria mais brigadeiros, mais balas 7 bello, teria lambido mais bacias de bolo que minha mãe certamente faria, eu furaria todas as latas de leite moça do mundo! eu teria experimentado os doces lacrados do mercado,

Se passasse pela minha cabeça de menino bobo que a vida pode ser interrompida e que matam gente como se mata bicho, eu teria feito as pazes com o amigo que briguei dias antes, teria dito a minha mãe o quanto a amava, dez vezes por dia e a abraçaria já com pena do que ela teria que suportar. Do peso que é a ausência de quem se pariu pra amar.

Se tivesse dado tempo, eu picharia o muro do meu colégio lembrando a todos de se amarem mais, de se beijarem mais, de não deixar passar em branco qualquer sentimento bom que se tenha, porque a vida pode sim se transformar em morte em dez segundos.

Se tivesse dado tempo eu explicaria na sala de aula à professora de Biologia, o motivo de eu ter rasgado o capitulo do livro em que dizia que o homem nasce, cresce, se reproduz e morre.

Se tivesse dado tempo eu teria pedido a minha mãe pra ver Alice no país das maravilhas em 3d, comendo pipoca, ia pedir por favor pra ela não brigar por eu querer o combo maior, ah mamãe, seria o último...
Ai, na confusão de gente que entra e sai da tela, eu ia fugir e escapar com o chapeleiro maluco da covardia do mundo que não precisa de óculos especiais, mas precisa lenços pra enxugar lágrimas.

Se eu imaginasse que aos 14 anos minha mãe deixaria de me dar a mesada pra comprar meu caixão eu juro que teria ido pela outra rua, eu juro que viraria pássaro e chegaria em casa voando, observando os covardes do carro branco, os assassinos de crianças perdidos feito bobos procurando o menino biônico que acabara de cruzar os céus feito uma estrela iluminada.

Se me dessem tempo de argumentar, eu teria apenas dito a eles pra que cuidassem então da minha mãe, eu só pensei nela a cada segundo triste.

Se tivessem me dado escolha, eu escolheria viver é claro. então não acreditem mais quando dizem que a vida é feita de escolhas. Nem sempre é assim.

Se tivesse dado tempo eu teria passado a senha do orkut, do twitter e pediria ao meu melhor amigo pra escrever luto e mandar em mensagem automática o que realmente aconteceu, um retrato falado em 140 caracteres. e o mais importante em apenas nove, EU TE AMO.

Se por acaso eu tivesse tido tempo de chamar minha mãe, eu teria dito a ela que estava doendo, que ela me abraçasse e passasse o merthiolate que não arde.

Se por acaso tivesse dado tempo, eu teria me declarado a ele, teria dito que o amava muito, mas tinha vergonha de dizer com medo que ele somente achasse graça e virasse de costas.

Se por acaso tivesse dado tempo, naquela fração de segundos onde a vida dá lugar a morte, eu teria beijado a face de quem minha face deixou irreconhecível.

Se tivesse dado tempo e por Deus, tinha que ter dado, eu me formaria Juiz. Porque quem me matou certamente matará novamente, porque quem mata criança tem a alma doente e sem sombra de duvidas estaria um dia sentado na minha frente ouvindo a sua condenação.

Se tivesse dado tempo eu teria gritado por socorro, pro Ben 10, pro Naruto, Pro Super Homem ou pro Zorro, porque em nenhum momento eu acreditei que não fosse uma obra de ficção,

Até o derradeiro momento em que não tinha mais ar, não tinha mais forças e não sentia mais meu pequeno coração.

Alexandre Ivo Rajão, 14 anos, foi assassinado na segunda-feira, 23/06/2010, em São Gonçalo-RJ.

Rafael Menezes
Vice Presidente
Grupo Cabo Free 
 
 
 Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/06/474090.shtml

segunda-feira, 28 de junho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

Você tem pena dos cavalos?

Amigos, escuto diariamente inúmeras pessoas falando dos maus tratos de cavalos em Porto Alegre,  pela primeira vez uma ONG assume o trabalho de minimizar o sofrimento destes animais. A Chicote Nunca Mais recolhe nas ruas cavalos vítimas. Retiramos os animais  na EPTC  para que não sejam leiloados e voltem para as carroças. Provindeciamos novos lares onde são cuidados e respeitados. Fazemos atendimento nas vilas levando veterinário, ração, medicamentos, ensinamos o manejo e trabalhamos o vínculo com o animal.  No momento, temos  8 cavalos atendidos no Projeto Resgatar, mais 10 sob nossa guarda dos quais 6 cavalos são aleijados devido aos maus tratos. Esses cavalos recolhidos nas ruas da Capital dificilmente conseguem  alguém que os receba, entretanto, eles comem diariamente.  Fizemos uma campanha do Amigo Dez onde cada amigo dos cavalos, contribuiria com um pequena quantia em dinheiro para que pudéssemos  continuar atendendo. As pessoas esquecem de contrinbuir....  Hoje nosso caixa está zerado. Os governos não nos repassam nenhuma verba, ao  contrário choram a falta de dinheiro.Vejam nos docs do IPTU o valor que estão pagando de imposto de lixo que tem o apelido de taxa. Esses cavalos fazem de graça o trabalho pelo qual pagamos muito caro para a Prefeitura. Não temos nenhuma contribuição de pessoa jurídica que poderia ser abatida do imposto de renda. O cidadão que não tolera mais o deslile de sofrimento equíno em Porto Alegre tem duas alternativas: cobrar do Executivo Municipal  uma AÇÃO  EFETIVA  ou contribuir com a Chicote para que continuemos fazendo o trabalho do Poder público que se mostra incompetente na solução de um problema simples que os nunicípios de Gravataí e Cachoeirinha já estão solucionando com a aquisição dos carrinhos elétricos  que estão sendo trocados pelas carroças. É uma questão de vontade e competência política. Faça sua escolha!
  Só ter pena  não muda a situação dos cavalos em Porto Alegre
 Fair Soares - presidente da Chicote Nunca Mais


Banrisul,  Agencia 0856 Conta corrente 06.102267.0- 5
Chicote Nunca Mais

sexta-feira, 25 de junho de 2010

De Piratas e Pirataria

O drama da pirataria no Golfo de Aden – pela costa Leste da Somália – está nas notícias dos últimos dias.
De início, a pirataria é vista como um problema que necessita de soluções militares, se não globais!
“Alguns politiqueiros correm a seus microfones para dizer que os piratas são “meliantes”, "criminosos”, ou em último ataque “terroristas contra o Ocidente”.
Tais pronunciamentos quase sempre me deixam pasmo, ou em melhor dos casos, em dúvida, porque detrás destes eventos, existe uma história que clama por explicação.
Se a pirataria é um crime quando quem os faz são indivíduos, o que é quando quem os faz são os Estados?
Quem vai negar que os Estados Unidos roubam e dão calote nas populações nativas deste continente? Ou que milhões de pessoas foram roubadas na África para trabalharem por séculos aos brancos norte-americanos?
Isso é pirataria? Ou simplesmente “política”?
A pirataria ocorreu nos séculos XVII e XVIII, graças a conflitos entre poderes coloniais (com os “corsários” britânicos, por exemplo, que roubavam navios espanhóis com a proteção da Coroa), ou simplesmente à procura de dinheiro.
Como nada se tinha comentado em relação ao governo somaliano por uma geração, então: o que mais é a pirataria de hoje, senão uma forma de ganhar a vida, quando não um modo muito perigoso?
Há alguns anos, a administração Bush armou e incitou a Etiópia a invadir a Somália. Isto não é pirataria de Estado?
Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque em 2003 removendo seu governo, impondo sua forma de governar, bombardeando indiscriminadamente a população e forçando ao exílio um terço da população do país, tudo fundamentado em mentiras – isso não foi pirataria, sob o signo da “segurança Nacional”?
Os piratas fazem negócio por menos, as nações por muito mais!
Quem são os “meliantes”, os “criminosos”, os verdadeiros piratas?
Pelo que se sabe nenhuma quadrilha de piratas jamais roubou uma nação.
Adivinhem quem faz isso?
Mumia Abu-Jamal - há mais de 25 anos no corredor da morte.
13 de abril de 2009
Tradução > Palomilla Negra
agência de notícias anarquistas-ana
Deixem que apareça a lua
Pra benzer a chuva
Novo casamento.
Carmen Derêz

quinta-feira, 24 de junho de 2010

[EUA] Atenção, MOVE! Esta é a América!

[Em 13 de maio de 1985, o comando da cidade da Filadélfia governada por Wilson Goode, com explosivos fornecidos pelo governo federal de Ronald Reagan, bombardeou a casa coletiva da organização MOVE. Onze mulheres, homens, meninas e meninos foram queimados vivos e 62 famílias perderam suas casas neste ato de guerra urbana. Nenhum funcionário público passou um único dia na cadeia por este crime terrível.
Naquela época, o MOVE conduzia uma campanha para libertar nove dos seus membros detidos em uma prévia ofensiva militar desatada pela polícia da Filadélfia sob o governo de Franco Rizzo em 8 de agosto de 1978. Merle, Chuck, Janet, Phil, Eddie, Janine, Delbert, Mike e Debbie Africa foram condenados desde 30 a 100 anos de prisão por supostamente matar um policial com uma única bala. São conhecidos como os "MOVE 9" ou os “9 do MOVE”. A companheira Merle Africa morreu na prisão sob circunstâncias suspeitas em 1998.
No ano passado, os “9 do MOVE” deviam ter deixado a prisão sob liberdade condicional, mas o Conselho da Liberdade não os permitiu partir porque "não expressam remorsos" por um crime que sempre disseram que não cometeram. Este ano o Conselho escutará o caso outra vez.
O MOVE é uma organização que se define como revolucionária e anti-sistema e que defende todas as formas de vida -animal, vegetal e humana- contra a escravidão do sistema atual.
Numa carta recente, o preso político Phil Africa escreveu: "Desistir nunca! O sistema não é verdadeiramente poderoso. O sistema teme a nós de coração rebelde. O poder verdadeiro é visto na Mãe Natureza que nos protege e nos alimenta, não neste sistema débil que só nos traz morte, destruição e dor. Virá um dia quando todos e todas conseguiremos viver em paz e harmonia".
A seguir um artigo atualizado sobre a organização MOVE escrito por Hans Bennet e publicado na revista Born Black de 7 de maio de 2009.]
Atenção, MOVE! Esta é a América!” declarou por megafone o Comissário da Polícia Sambor alguns minutos antes do ataque policial contra a residência da organização revolucionária MOVE, no dia 13 de maio de 1985. No assalto policial cinco crianças e 6 adultos foram mortos, incluindo o fundador do MOVE, John Africa. Depois que a polícia disparou mais de 10.000 cartuchos em sua casa no oeste da Filadélfia, um helicóptero da polícia estatal jogou uma bomba C-4, ilegalmente fornecida pelo FBI, sobre o teto do MOVE. A bomba causou um incêndio que acabou destruindo 60 casas, uma quadra inteira em uma colônia negra. Carregando o jovem Birdie Africa em seus braços, a única outra sobrevivente, Ramona Africa, se esquivou das balas e escapou do incêndio com queimaduras que deixaram cicatrizes permanentes.
Hoje em dia, Ramona lembra que estava no sótão com as crianças quando a operação começou. “Torrentes de água correram das mangueiras. Dispararam gás lacrimogêneo depois de usarem explosivos para demolir a parte frontal da casa. Escutamos o intenso fogo de metralhadoras e logo houve mais ou menos um silêncio. Foi então que lançaram a bomba, sem aviso”.
“A princípio, nós que estávamos no sótão, não demos conta de que a casa estava em chamas, pois havia tanto gás lacrimogêneo que era difícil reconhecer a fumaça. Abrimos a porta e começamos a gritar avisando que estávamos saindo com crianças. Eles estavam gritando também. Sabíamos que eles tinham nos escutado, nos fizemos visíveis na porta de entrada mas mesmo assim eles abriram fogo. Podíamos escutar o som das balas estourando ao redor da garagem. Com máxima intenção, eles apontaram para nós e dispararam. É óbvio que pretendiam matar todas as pessoas do MOVE – não pensaram em prender ninguém”. 
Depois de sobreviver ao bombardeio, acusaram Ramona de conspiração, incitação de distúrbios e assalto simples e grave. Sua sentença foi de 16 meses e 7 anos, mas cumpriu os 7 anos após negarem a ela a liberdade condicional por se recusar a renunciar ao MOVE.
Durante o juízo, todas as acusações enumeradas na ordem de detenção para justificar a operação foram menosprezadas pelo juiz. Ramona disse: ”Isto significa que não tinham motivos válidos para estarem lá fora, mas não menosprezaram as acusações contra mim como resultado do que se passou quando apareceram”.
Ao final do juízo de Ramona em 1986, o juiz Stiles especificamente instruiu aos jurados que não deveriam levar em conta a má conduta dos policiais ou outros oficiais do governo porque eles teriam que prestar contas em outros procedimentos. Isto nunca aconteceu. Ramona explica: “Nem um só oficial, nem um policial ou qualquer outra pessoa teve que prestar contas ante a corte pelo assassinato da minha família”.
“Ninguém deve se deixar enganar quando este governo usa palavras como “a justiça”. Meus familiares, que eram os pais da maioria das crianças assassinadas nesse 13 de maio, estão na prisão há quase 30 anos, acusados de um assassinato que não cometeram. Nem uma só testemunha os identificou. Enquanto isso, aqueles que assassinaram os seus filhos seguem suas vidas normalmente. O mundo os considera pessoas respeitáveis; nunca passaram nem um dia na prisão”.
As origens do conflito
O bombardeio policial de 1985 foi a culminação de muitos anos de repressão política exercida pelas autoridades da Filadélfia. Muito se escreveu sobre os acontecimentos de 13 de maio de 1985, mas pouco se sabe dos “9 do MOVE”:  Janine, Debbie, Janet, Merle, Delbert, Mike, Phil, Eddie, e Chuck Africa. Estes nove integrantes da organização MOVE foram sentenciados coletivamente pelo assassinato do oficial James Ramp em 1978, após uma cerco policial em volta da casa do MOVE na colônia de Powelton Village, na Filadélfia.
Terão suas audiências para considerar seus direitos à liberdade condicional em 2008. Segundo Ramona Africa, “O governo chegou à Powelton Village em 1978 não para nos prender, mas sim para nos matar. Ao fracassar com isto, condenaram injustamente a minha família por um assassinato que o governo sabe que não cometeram e os prenderam com sentenças de 30 a 100 anos. Depois, quando nossa família se atreveu a denunciá-los, vieram novamente a nossa casa e nos bombardearam. Queimaram nossos bebês vivos”.
Primeiro, um pouco de história
Fundada no começo dos anos 70 por John Africa, a organização MOVE buscou descobrir e desafiar todo tipo de injustiças e abusos contra a vida em todas as suas formas, incluindo contra os animais e a natureza. O MOVE promoveu o ativismo comunitário e organizou protestos não-violentos em frente ao zoológico e laboratórios onde se realizavam testes em animais, assim como fóruns públicos e mídias corporativas, entre outros.
Os conflitos iniciais entre o MOVE e a polícia se deram quando os agentes do prefeito Frank Rizzo reagiram com sua brutalidade de sempre ante estas manifestações não violentas. Desde o começo, o MOVE praticou o princípio da autodefesa e seus integrantes “responderam ao ataques com ataques”. Ao defender esta prática, Ramona Africa disse: “Estou segura de que os policiais se aborreceram porque “estes negros” resistiam, dizendo aos policiais que não podiam chegar e atacar nossos homens, mulheres e bebês sem que nos defendêssemos. O que você acha que devíamos fazer? Ficar com os braços cruzados e aceitar os abusos?”.
Dado o regime de mão de ferro de Rizzo, um enfrentamento com o MOVE foi inevitável. Notório por sua brutalidade racista quando era Comissário da polícia de 1968 a 1971, Rizzo uma vez declarou publicamente que ia “fazer com que Átila Huno, se visse como uma bicha”. Foi eleito prefeito em 1972 com consignas tais como “Vota branco”. Em 1979, seu departamento de polícia seria o primeiro acusado pelo governo federal de brutalidade e corrupção. 
Os ataques policiais contra o MOVE aumentaram após 9 de maio de 1974, quando duas mulheres grávidas da organização, Janet e Leesing, abortaram depois de terem sido espancadas pela polícia e presas durante uma noite, sem comida nem água. No dia 29 de abril de 1975, Alberta Africa perdeu seu bebê após ser detida, arrastada até a cela, agarrada e golpeada no abdômen e na vagina.
Na noite de 18 de março de 1976, sete prisioneiros do MOVE acabavam de sair da prisão e saudavam a seus familiares em frente à sua casa em Powelton VIllage quando os policiais chegaram e atacaram todo mundo. Seis homens do MOVE foram detidos e golpeados tão severamente que sofreram fraturas cranianas, contusões e ossos estilhaçados. Janine Africa foi atirada ao chão e pisoteada enquanto carregava seu bebê de 3 semanas, Life Africa. O crânio do bebê foi esmagado e Life morreu.
Após o MOVE ter avisado aos meios de comunicação sobre os ataques e a morte do bebê, a polícia declarou publicamente que o bebê não existia porque não havia registro de nascimento, e que o MOVE estava mentindo. Como resposta, o MOVE convidou vários jornalistas e políticos para irem à sua casa e verem o cadáver. Um pouco depois do ataque, o aclamado jornalista da Filadélfia, Mumia Abu-Jamal (agora preso no corredor da morte no mesmo estado da Pensilvânia) fez uma entrevista com uma testemunha presencial que tinha observado tudo, desde sua janela do outro lado da rua. “Vi o bebê cair”, disse o velho. “Davam bordoadas na mãe do bebê. Sabia que o bebê ia ficar machucado. Peguei o telefone para chamar a polícia, mas logo me dei conta que eles eram a polícia, me entende?”. O promotor se negou a apresentar acusações pelo assassinato.
O enfrentamento começa
Como resposta à intensificação da violência policial, o MOVE convocou uma manifestação dramática em 20 de maio de 1977. Vários integrantes subiram em uma grande área na frente de sua casa, carregando o que parecia ser fuzis. Segundo o MOVE: “Dissemos para os tiras que não havia mais mortos escondidos, que desta vez teriam que estar preparados para nos assassinar abertamente porque se nos atacavam com golpes, daríamos golpes também, se nos atavam aos garrotes, os daríamos garrotes, e se nos agrediam com armas, também responderíamos com armas. Não acreditamos nas armas de morte. Acreditamos na vida. Mas sabíamos que os tiras não nos atacariam tão facilmente se tivessem que agüentar o mesmo tratamento que eles dão rotineiramente às pessoas indefesas, sem armas”.
Falando por um megafone na plataforma, o MOVE exigiu a liberdade de seus presos políticos e um fim à violenta agressão executada contra eles pelo governo da cidade. Policiais fortemente armados rodearam a casa, mas um provável ataque policial foi evitado quando uma multidão de pessoas da comunidade rompeu as linhas policiais e parou na frente da casa do MOVE para proteger os residentes do fogo.
Alguns dias mais tarde, a juíza Lynn Abraham respondeu, emitindo ordens de detenção para 11 integrantes do MOVE, acusando-os de incitar distúrbios e de terem em seu domínio um “instrumento da delinqüência”. A polícia situou vigilância ao redor da casa do MOVE para deter integrantes que saiam da propriedade. O embate durou quase um ano.
O prefeito Rizzo agravou o conflito em 16 de março de 1978, quando sua polícia fechou um perímetro de quatro quadras ao redor da central do MOVE, bloqueando a entrada de comida e fechando a chave de água. Rizzo se gabou dizendo que o bloqueio era “tão estreito que nem uma mosca podia passar”. Muitas pessoas da comunidade foram violentadas e detidas ao tentar entregar comida e água às mulheres grávidas, bebês lactantes e crianças que estavam lá dentro.
Depois do “bloqueio de fome” de dois meses, o MOVE e o governo da cidade chegaram a um acordo, sob pressão do governo federal. No dia 8 de março de 1978, os presos do MOVE conseguiram sair da prisão; por outro lado, a polícia pôde revistar a casa do MOVE para procurar armas. Os agentes se assustaram ao somente encontrar um punhado de réplicas falsas de fuzis inoperantes e alguns fogos de artifício que pensavam que eram dinamites. Segundo o acordo, o promotor teria que retirar todas as acusações contra o MOVE e efetivamente purgar o MOVE do sistema judicial dentro de 4 a 6 semanas. O MOVE, por sua vez, teria que sair de sua casa dentro de 90 dias enquanto o governo da cidade o ajudava a conseguir um novo lar.
Depois de revistar a casa do MOVE e encontrar armas de mentira, a polícia começou a modificar os términos do acordo, enfocando no prazo de 90 dias. O MOVE disse que o período foi descrito aos seus integrantes como um “plano de trabalho factível para mudar de lugar”, mas que isto “foi falsamente apresentado aos meios de comunicação como um prazo absoluto. O MOVE havia deixado clara a sua intenção de mudar de casa e, por sua vez, pretendia manter a central aberta para funcionar como uma escola”.
Na audiência do dia 2 de agosto de 1978, o juiz Fred Dibona disse que o MOVE havia violado a data limite. Assinou ordens de detenção para justificar o cerco policial que começaria na semana seguinte.
Na manhã de 9 de agosto, centenas de policiais entraram. As escavadeiras tombaram a frente da casa enquanto os guindastes destruíram as janelas. Cerca de 45 policiais armados revistaram a casa e se deram conta que as pessoas do MOVE estavam reunidos no sótão. Com mangueiras de alta pressão, a polícia começou a inundar o lugar.
De repente, disparos foram escutados, provavelmente desde uma casa do outro lado da rua. A polícia abriu fogo contra a casa do MOVE, disparando mais de 2.000 cartuchos. A polícia e a maioria dos principais meios de comunicação reportaram depois que o MOVE havia disparado primeiro. No entanto, os repórteres McCullough e Larry Rosen da radio KYW lembram que escutaram o primeiro disparo vir de uma casa da frente, em diagonal, de onde viam um braço que segurava uma arma recarregada em uma janela do 3º piso.
Logo os disparos ficaram altamente caóticos, quase todos em direção ao sótão inundado. O oficial James Ramp foi morto durante o tiroteio. Outros três policiais e vários bombeiros também receberam disparos. Depois, um oficial encarregado de vigiar a casa reconheceu que havia esvaziado sua carabina, disparando ao sótão onde escutava as mulheres gritando e as crianças chorando. Em uma reunião realizada alguns dias depois, um capitão da polícia comentou sobre a “excessiva quantidade de disparos desnecessários por parte dos policiais”.
Quando o MOVE finalmente se entregou e saiu da casa, os oficiais levaram as crianças e bateram nos adultos com furor. Chuck e Mike Africa estavam feridos pelos disparos quando estavam no sótão. A detenção violenta de Delbert Africa foi gravada ao vivo por um canal de televisão. Enquanto estava deitado no chão, os agentes da polícia golpearam sua cabeça com um fuzil e um capacete de metal e o chutaram ferozmente. Doze adultos do MOVE foram detidos.
Em uma conferência de imprensa realizada pela tarde, alguém perguntou para o prefeito Rizzo se esta seria a última vez que a Filadélfia veria o MOVE. Ele respondeu: “A única maneira de terminar com eles é re-impor a pena de morte. Os coloquem na cadeira elétrica e eu puxo a alavanca”.
A destruição de evidências
O caso subseqüente contra os “9 de MOVE" foi marcado de irregularidades com respeito aos fatos e da manipulação ilegal de evidências pela polícia.
O professor da Universidade de Temple e jornalista da Filadélfia Linn Washington cobriu o enfrentamento de 8 de agosto e o julgamento dos “9 de MOVE”. Entrevistado no documentário intitulado MOVE narrado por Howard Zinn, Washington declarou que "o Departamento da Polícia sabe quem assassinou o oficial Ramp. Foi outro polícia quem disparou sem querer. Há várias evidências de que foi um erro, mas nunca eles vão reconhecer isto. Informei-me disto ao consultar diferentes fontes do Departamento da Polícia, tanto fontes da equipe da SWAT (Armas e Táticas Especiais) como fontes da Seção de Balística".
A manipulação de evidências foi iniciada imediatamente depois da detenção dos adultos do MOVE: o prefeito Rizzo deu a ordem para que a polícia demolisse a casa do MOVE antes de meio-dia do mesmo dia. Os policiais não fizeram nada para preservar a cena do crime, realizar traços com giz, nem medir os ângulos balísticos. Numa audiência preliminar para rejeitar as cargas, o MOVE postulou, sem êxito, que a destruição de sua casa tinha os impedido de mostrar a impossibilidade física de que o MOVE tivesse atirado contra Ramp. O MOVE citou o caso dos Panteras Negras do estado de Illinois, em que a preservação da cena do crime permitiu aos investigadores estabelecer que todos os buracos de bala nas paredes e portas foram feitos pelo fogo policial.
A evidência fotográfica apresentada na corte também foi incompleta. É certo que antes de demolir a casa do MOVE, a polícia tomou fotos de estantes vazias e disseram que eles usavam para guardar armas. Não obstante, não há fotos do MOVE apontando nem disparando armas desde as janelas do sótão ou da polícia retirando armas da casa, tampouco há fotos que apóiam a teoria de que os agentes da polícia retiraram armas do chão no piso do sótão. Ao contrário, um vídeo da polícia visto na corte mostra o anterior Comissário de Polícia, Joseph O'Neill, pondo armas pela janela frontal do sótão da casa do MOVE.
Outra forte indicação da destruição intencional de evidências, é que, nos três vídeos da polícia apresentados na corte, a metragem foi apagada exatamente no momento quando Ramp recebeu o tiro.
As evidências de balísticas apresentadas sobre a morte do oficial Ramp também são contraditórias. No documentário MOVE, Linn Washington lembra a maneira em que as evidências no julgamento foram manipuladas. "Tiveram um grande problema com a autenticidade e, portanto, com a validez do relatório do examinador médico. O delegado do ministério público retirou um lápis e apagou as palavras do relatório que ele não gostou. Quando o MOVE objetava, o juiz dizia "sente-se e cale-se" e permitiu que o tipo fizesse isso".
Em 8 de agosto, o Boletim Filadélfia informou que Ramp havia sido "disparado na parte posterior da sua cabeça, segundo o relatório da polícia". O Daily News, pelo contrário, informou no dia seguinte que a ponta da bala tinha entrado pela garganta, fazendo um caminho para baixo em direção ao coração. Mais tarde, o examinador médico da promotoria pública, o médico Marvin Aronson, deu um testemunho na corte que a bala entrou pelo seu "peito e viajou em direção horizontal sem desviar para cima ou para baixo".
Num boletim recente, o MOVE demanda que se tivesse disparado desde o sótão, a trajetória da bala teria sido para cima em vez de para baixo ou horizontal, de acordo com as versões apresentadas.
Aparte isso, teria sido quase impossível fazer um disparo limpo neste momento. A água no sótão, calculada em 2.13 metros de profundidade, obrigou os adultos a carregar as crianças e os animais para evitar que se afogassem. "A pressão da água era tão poderosa que levantava as alças da ferrovia de 2 metros (estas vigas faziam parte da nossa cerca) e eles as jogaram pelas janelas do sótão em nós. Não há nenhuma maneira de que alguém pudesse ter suportado a pressão da água e dos escombros para logo atirar ou apontar para matar alguém".
Em 4 de maio de 1980, Janine, Debbie, Janet, Merle, Delbert, Mike, Phil, Eddie, e Chuckl Africa foram condenados por assassinato em terceiro grau, conspiração e várias cargas de tentativa de assassinato e roubo. Cada pessoa recebeu uma sentença de 30 a 100 anos. Outras duas pessoas que denunciaram o MOVE foram absolvidos. Consuela Africa foi réu num processo aparte porque o delegado do ministério público não achou evidências de que ela era integrante do MOVE.
Mumia Abu-Jamal escreve que os “9 de MOVE foram condenados por ser unidos, não na delinqüência, mas em rebelião contra o sistema e em resistência contra os ataques armados do estado. Foram condenados por ser membros do MOVE”.
Quando Juidge Malmed foi como convidado alguns dias depois num talk show, Abu-Jamal ligou para perguntar quem tinha matado Ramp. O juiz disse: "Não faço a menor idéia". Explicou que os membros do MOVE se consideravam como uma família e por isso ele os encontrou culpado como uma família.
As audiências de 2009
Mike Africa, filho, quer que seus pais retornem para casa. Filho dos presos Mike e Debbie, dos “9 do MOVE”, o jovem Mike nasceu na prisão algumas semanas depois de que sua mamãe sobreviveu ao fogo policial e a uma surra selvagem que recebeu em 8 de agosto de 1978. Hoje em dia, Mike explica que crescer sem pais é "muito duro. É como perder parte de você mesmo. O sistema separou às pessoas do MOVE porque sabem que é muito difícil de viver à parte da sua família".
Depois do bombardeio de 13 de maio de 1985, a avó de Mike decidiu deixar o MOVE e levou ele e a sua irmã com ela. "Não estar no MOVE e não ter papás foi muito duro. Não entendi por que meus pais estavam em prisão e isso me deu vergonha. Ninguém me explicou nada até que Ramona me trouxe outra vez ao MOVE depois de deixar a cadeia em 1992". Depois de regressar ao MOVE, Mike viajou por muitas partes do mundo para divulgar a luta pela libertação de seus pais e os outros presos e presas dos “9 do MOVE”.
Uma destas presas, Merle Africa, morreu tragicamente atrás das grades em 1998 sob circunstâncias suspeitíssimas. Em agosto de 2008 marcou o trigésimo ano de encarceramento dos “9 do MOVE”, e pela primeira vez eles tiveram o direito a liberdade condicional. Seus apoiadores organizaram um apoio público para sua saída, inclusive uma série de vídeos ao vivo, um abaixo-assinado e uma campanha para se comunicar com o Conselho de Liberdade Condicional através de cartas e chamadas telefônicas. Apesar da pressão pública, o Conselho negou o direito deles de saírem, ainda quando as mulheres nem sequer foram acusadas de carregar armas. O MOVE começou a organizar e a reunir apoio público para alcançar sua liberdade.  
Agora, em 2009, o Conselho de Liberdade convocou as audiências outra vez, e o MOVE iniciou outra campanha para enviar chamadas telefônicas e cartas em apoio à liberdade dos prisioneiros. Estão convocando uma manifestação na Filadélfia em 16 de maio, sábado, para marcar o vigésimo quarto aniversário da matança de 13 de maio 1985.
Ramona Africa se preocupa muito com as possíveis cláusulas que poderiam programar para negar-lhes a liberdade condicional.
A primeira se conhece como o artigo "tomar responsabilidade", que exige, em efeito, que um prisioneiro reconheça sua culpa para que eles ofereçam a liberdade condicional. "Isto não é aceitável; é claramente ilegal. Se uma pessoa é condenada num julgamento, é ridículo exigir que assuma a culpa mesmo quando proclama sua inocência, como é o caso com os “9 do MOVE”. A única questão relevante com referência à conceder a liberdade condicional deve ser a má conduta na prisão, algo que poderia indicar que uma pessoa não está pronta para receber a liberdade condicional. Aparte disso, eles devem consentir essa licença", explica Ramona.
A segunda é a cláusula que se refere "a natureza grave da ofensa". "Esta também é claramente ilegal porque o juiz tomou tudo isso em consideração quando emitiu a sentença. Se não houvesse má conduta, problemas, novas cargas etc., eles devem permitir que o preso ou presa saia depois de servir o termo mínimo. A negação deste direito é, no fundo, uma nova sentença. Temos que resolver estas questões porque quando nossos familiares pedem a liberdade condicional, não queremos escutar mais estas tolices".
Ramona também aconselha que as pessoas apóiem Mumia Abu-Jamal, a quem a Suprema Corte dos Estados Unidos acaba de negar-lhe um novo julgamento para determinar inocência ou culpabilidade. Ligue, escreva para o presidente Barack Obama e ao Procurador Eric Holder para abrir uma investigação sobre as violações de direitos civis no caso. Ramona diz: "A vida deste irmão está por um triz... Ele se tornou um alvo do governo porque foi o único jornalista que sempre disse a verdade sobre o que aconteceu com o MOVE. Mumia nos deu seu apoio total durante muitos anos e por isso nós lhe damos nosso apoio e lealdade agora".
Atualmente, Mumia Abu-Jamal escreve: "A calma reação do público ao intenso homicídio dos integrantes do MOVE têm preparado o caminho para uma violência estatal aceitável contra os radicais, "os negros", e todos os considerados inaceitáveis socialmente... As mentalidades distorcidas em jogo aqui são semelhantes as da Alemanha dos nazistas, ou talvez, mais ao ponto, às "My Lai" no Vietnã ou de Bagdá. São os espíritos depois que o idiótica mantra assassino fez ecoar desde Da Nang: "Tivemos que destruir a aldeia para salvá-la".
Durante todos estes anos, as autoridades nunca deixaram em paz o MOVE. A destruição de suas casas em 1978 e 1985, a detenção e sentença de morte imposta ao jornalista Mumia Abu-Jamal, que tinha reportado os conflitos do MOVE; a morte em 1998 de Merle Africa na prisão; e a batalha de custódia de 2002 sobre Zachary Gilbride Africa são alguns poucos exemplos da longa história do MOVE em seus enfrentamentos com o sistema. Esta tradição é resumida melhor pelo fundador do MOVE, John Africa, em sua fala ao júri em 1981 quando foi absolvido de cargas federais de posse de armas no famoso julgamento "John áfrica versus o Sistema":
"Já é tempo para que todas as pessoas pobres se libertem do afogadiço enganador que permeia a sociedade... Este sistema fracassou ontem, fracassa hoje e criou as condições para fracassar amanhã porque a sociedade está doente, o sistema está cambaleando, as cortes estão em plena desigualdade. Os tiras estão loucos, os juízes escravizadores, os advogados são tão justos quanto os juízes que enfrentam... treinados pelo sistema para ser como o sistema, para servir o sistema, para explorar de mãos dada com o sistema. E o MOVE não fechará os olhos diante deste monstro".
Hans Bennett
Hans Bennett é um jornalista independente e multimidiático (www.insubordination.blogspot.com) e co-fundador do Journalists For Mumia - Jornalistas por Mumia (www.abu-jamal-news.com)
Vejam a série Liberdade Condicional para os “9 de MOVE”, 2008, o documentário Confrontation in Philadelphia, 1978, e o documentário MOVE, 2004, narrado por Howard Zinn:
Tradução > Marcelo Yokoi
agência de notícias anarquistas-ana
Crianças cochicham -
Súbito, por toda a casa
cheiro de pamonha.

Teruko Oda

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Já tá na net o novo cd do Pesadeo Brasileiro!!

Olá gente, o Pesadelo Brasileiro lançou seu novo álbum na net, pra comprar o cd basta entrar em contato com pezadelo@hotmail.com.
A banda pra quem não sabe é uma das clássicas nacionais do Horror punk (pra mim a melhor), sua atitude não fica só nas músicas, o Pinga vocalista da banda tem uma distro que dá todo apoio pra qualquer banda que precise, ele inclusive me mandou o link pra baixar o cd, uma atitude muito boa hoje em dia, pois até mesmo dentro do punk temos gente que é contra o download.
Vou deixar de enrolação e postar aqui esse novo álbum deles que inclusive eu já tenho minha cópia de verdade garantida.
Viva o Horror!
Suporte o undeground!!

Link para download: http://www.4shared.com/file/K2BO-o1Q/Pesadelo_Brasileiro_-_Instinto.htm

terça-feira, 22 de junho de 2010

Fotos do Aniversário de Hermiltinho

Aí gente, quem quiser saber como foi o evento tem uma resenha logo abaixo, quem leu a resenha tá aqui as fotos da bagaça:
                                    Galera curtindo o Heavy Metal
                                  Road Warriors, primeira (e ótima) apresentção
                                  Malucos
                                   Banda Blizard
                                   Bang your head against the wall

domingo, 20 de junho de 2010

Resenha do show no aniversário de Hermiltinho [19/06/10]

 Olá pessoal, vim aqui corajosamente falar sobre o show que aconteceu na mansão do metal, a casa de Hermiltinho, um bicho lá de Santa Maria da Vitória, a cidade mais world of darkness do oeste da Bahia.
Eu e o velho Bode de guerra viajamos no sabádo a tarde pra pegar o ensaio da Road Warriors, a mais nova de George Possessed e Uelton Dark Entity, os caras que antes eram da lendária Dark Torment 666, agora tocam hardrock  e heavy metal.
O ensaio só mostrou como o lance ia ser fudido! Havia muita energia ali, e mais tarde no evento a gente só ia ter a prova cabal disso.
Muitos covers foram tocados, a galera foi contagiada pela mesma energia que invadiu mentes nos anos 80 e mudou muitas gerações.
Logo depois entrou a Blizard, uma banda que é um cover da época thrash do Metallica, também mostrou muito domínio sobre o instrmental bem trabalhado e forte do Metallica, a banda também arracou vários gritos em coro da galera com seus acordes pesados e harmoniosos. Logo depois veio a Bahabazz, que tocou só Iron Maiden mesmo depois de todo mundo ter se acabado nos shows anteriores rolou ainda muita agitação pra curtir clássicos como 666 the number of the beast, the trooper e powerslave.
Finalizando o artigo queria dizer que como eu disse lá no local, o Hermiltinho teve muita confiança na galera de chamar o pessoal pra casa dele, não rolou nenhuma briga nem copo quebrado, sinal que o pessoal é realmente firmeza e se importa com a construção de uma cena melhor, a pena é ver que bandas que tem tanto potencial não se dedicam a produzir material próprio, espero mesmo que esse pessoal veja que a cena é bem mais que covers.

Atenção: Quem tiver fotos do evento por favor mande pra a gente que nós postaremos aqui no blog, vídeos também servem!

terça-feira, 15 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Justiça determina apreensão de animais de circo em Salvador/BA

Animais de um circo armado no bairro de Cajazeiras, em Salvador, foram apreendidos na tarde deste sábado (12), por ordem da Justiça.
Entre os animais, estavam dois elefantes e dois camelos. Participaram da operação policiais e representantes do Ministério Público e de ONGs de proteção aos animais.
Eles alegam que os animais estavam sofrendo maus-tratos. O dono do circo negou a acusação e disse que vai recorrer da decisão.
Os animais foram levados para o zoológico, no bairro de Ondina.

Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/06/14/55984-justica-determina-apreensao-de-animais-de-circo-em-salvadorba.html

África do Sul: Copa do Mundo... dinheiro sujo!

Cartão vermelho e preto para a Copa do Mundo
A Copa do Mundo de 2010 deve ser exposta publicamente como a grande farsa que é. A Frente Anarquista Comunista Zalabaza (ZACF), da África do Sul, condena veementemente o cinismo e a hipocrisia do governo sul-africano que apresenta este momento como uma oportunidade única "apenas uma vez na vida" para a melhoria da situação econômica e social das pessoas que vivem no país (assim como no resto do continente).
Isto é afirmado claramente - a tal ponto que se torna impressionante - visto que esta “oportunidade” tem sido e continua sendo a ganância desenfreada da elite dirigente sul-africana assim como a do capital, nacional ou internacional. Na verdade, a Copa do Mundo, se tiver algumas conseqüências é provável que estas sejam devastadoras - para os pobres da África do Sul e para a classe trabalhadora - já em pleno andamento.
Na preparação da Copa do Mundo, o governo gastou mais de 8,2 bilhões de rands (cerca de R$ 2 bilhões), por exemplo, mais de 1 bilhão para o desenvolvimento das infra-estruturas e 3 bilhões para reformas e construções de estádios que depois da Copa do Mundo jamais estarão lotados. Isto é um tapa na cara de todos aqueles que vivem num país marcado por uma pobreza extrema e com uma taxa de desemprego que gira em torno de 40%.
Nos últimos cinco anos, os trabalhadores pobres têm vindo a manifestar a sua indignação e decepção face à incapacidade do governo para corrigir as enormes desigualdades sociais, organizando, em todo o país, mais de 8 mil manifestações para exigir serviços básicos (água, eletricidade, saúde...) e habitações dignas.
Esta distribuição dos custos, pelo Estado, é mais uma prova dos equívocos do modelo neoliberal capitalista e das suas políticas econômicas de “racionamento”[1], que só serviram para aprofundar as desigualdades e a pobreza.
Apesar das afirmações anteriores, no sentido contrário, o governo acabou por reconhecer, recentemente que "nunca foi a sua intenção" que este projeto chamado Copa do Mundo fosse beneficiário em termos sociais[2].
A África do Sul precisa desesperadamente de infra-estruturas públicas em grande escala, especialmente na área dos transportes públicos que estão quase totalmente ausentes em algumas cidades, incluindo Johanesburgo. O Gautrain (uma espécie de trem bala), lançado em 8 de junho (na véspera da Copa do Mundo), é provavelmente a grande ironia disto: num país onde a grande maioria das pessoas depende, cotidianamente, para percursos de longa distância, de táxis e lotações, sem condições mínimas de segurança, o Gautrain oferece rapidez, transporte de luxo para turistas e para aqueles que viajam entre Johanesburgo e Pretória (distante apenas 54 km).
O mesmo panorama aparece em toda parte: o Airports Company South Africa (ACSA) gastou mais de 1,6 bilhões rans para a modernização dos aeroportos. Já a Agência Nacional de Estradas Sul-Africanas (SANRAL), privatizada, gastou mais de 2,3 bilhões de rans para uma nova rede de rodovias.
Tudo isso explicará a implementação de medidas de austeridade drásticas para recuperar os bilhões gastos nas infra-estruturas, a maioria dos quais são de interesse nulo para os africanos pobres, a esmagadora maioria do país.
Em toda a África do Sul os municípios estão envolvidos em “esquemas” de revitalização urbana, acompanhados pelos seus inseparáveis programas de gentrificação, com o governo tentado, apressadamente, esconder debaixo do tapete a crua realidade deste país.
Em Johanesburgo, mais de 15 mil sem-teto e crianças de rua foram apanhadas e “despejadas” em "abrigos"; em Cape Town, autoridades do município expulsaram milhares de pessoas das zonas pobres e das favelas no âmbito do projeto "World Cup Vanity" (tornar a cidade agradável para a Copa do Mundo). Em Cape Town tentou-se - em vão - expulsar de suas casas 10 mil moradores da favela Joe Slovo com o objetivo de esconder a população dos olhos dos turistas que viajam ao longo da rodovia N2.
Em outros lugares, populares foram despejados para dar lugar aos estádios, estacionamentos para turistas, ou estações[3]. No Soweto, as estradas foram embelezadas ao longo das rotas turísticas e da sede da FIFA, enquanto as escolas ao redor continuam com as janelas quebradas e as instalações em ruínas.
Apesar de muitos sul-africanos não terem caído neste "canto de sereia", outros são inundados e arrastados pela enxurrada de propaganda nacionalista que visa desviar a atenção do circo que é a Copa do Mundo.
Cada sexta-feira no país foi declarada “Dia do Futebol", onde a “nação” é incentivada (e os alunos forçados) a vestir camisas dos Bafana-Bafana (seleção nacional da África do Sul).
Os carros são enfeitados com bandeiras, as pessoas aprendem a "diski dance", que é constantentemente demonstrado em todos os restaurantes turísticos. Já é praxe comprar a mascote Zakumi. E quem se atrever a manifestar dúvidas sobre a Copa é maculado como antipatriota. O exemplo mais significativo disso tudo foi o apelo das autoridades aos grevistas do Sindicato dos Transportes (SATAWU), para que abandonassem as suas reivindicações pelo “interesse nacional"[4].
Num contexto em que quase um milhão de empregos desapareceram, só no ano passado, as declarações do governo, sobre a criação de mais de 400 mil postos de trabalho devido à Copa do Mundo, são descontextualizadas e ofensivas. Os empregos que foram criados, nesta euforia futebolística, são muitas vezes precários ou CDD (contratos com duração determinada), por trabalhadores que não são sindicalizados e recebem salários muito abaixo do salário mínimo.
Para além da repressão contra os sindicatos, os movimentos sociais têm sentido a mesma hostilidade do Estado, traduzida oficialmente pela proibição geral de todos os protestos durante a Copa do Mundo. Jane Duncan (do Instituto para a Liberdade de Expressão) refere-se, com abundância de provas, que essa política foi colocada em prática a partir do começo de março.
Um inquérito as cidades sede da Copa do Mundo, revelou que uma proibição geral de qualquer reunião está em curso. Assim, no município de Rustenberg, “as concentrações estão proibidas durante a Copa do Mundo”.
O município de Mbombela recebeu a informação, da polícia nacional, de que não seriam permitidos “encontros” durante a Copa. O conselho municipal da Cidade do Cabo informou que não continuaria a receber pedidos para organização de marchas, que “isso poderia ser um problema” durante a realização da Copa. Nos municípios de Nelson Mandela Bay e de Ethekwini, a polícia proibiu manifestações durante o período da Copa do Munde[5].
A Constituição da África do Sul, muitas vezes elogiada pelo seu caráter "progressista", está longe de ser a garantia de liberdade e de igualdade. Esta nova forma de repressão entra claramente em contradição com o direito constitucional à liberdade de expressão e de reunião.
No entanto, os movimentos sociais, em Johanesburgo, incluindo o Fórum Anti-Privatização e vários outros não desistiram, e obtiveram uma autorização para uma marcha e manifestação no dia da abertura da Copa, com a ajuda do Instituto para a Liberdade de Expressão. Porém, a marcha deverá ser confinada a três quilômetros do estádio, onde não atrairá a atenção da mídia.
Não foi apenas o Estado sul-africano que realizou uma repressão severa sobre os pobres e sobre qualquer atividade ou manifestação anti-Copa do Mundo, sob um disfarce que representa a África do Sul como um polvo que estende os seus tentáculos em convite a todos e a todas, para que afluam em rebanhos aos seus hotéis de luxo, os quartos de hóspedes e salões de coquetéis, mas também o império criminal legal a que Josepp Blatter e seus amigos chamam FIFA (admiravelmente nomeada THIEFA (clube dos ladrões em inglês) pelo Fórum Social em Durban).
Prevendo com a Copa 2010 um lucro de aproximadamente 1,5 bilhões de euros, a FIFA já arrecadou mais de 1 bilhão apenas com os direitos de transmissão televisiva. Os estádios e as zonas circudantes foram entregues à FIFA durante o período do torneio (como “casulos livres de impostos”, áreas controladas e vigiadas pela FIFA e isentas do imposto normal e outras leis estaduais sul-africanas), incluindo estradas e pontos de acesso. Dessas regiões serão excluídas as pessoas que vendem produtos não licenciados da FIFA. Assim, os que acreditaram que, durante a Copa do Mundo, iriam aumentar a sua renda de sobreviventes, serão deixados de fora no frio "racionamento" neoliberal.
Mais: a FIFA, como proprietária exclusiva da marca Copa do Mundo e dos seus produtos derivados, dispõe de uma equipe com centenas de advogados e funcionários que percorrem o país para rastrear qualquer venda não autorizada e para fazer marketing da sua própria marca. Os produtos ilegais são apreendidos e os vendedores são presos, apesar do fato da maioria na África do Sul e do continente comprarem os seus produtos no setor do comércio informal. Porque muito poucos sul-africanos têm 400 rand (40 euros) para pagar pelas camisas das seleções e outras “engenhocas” da Copa.
Os jornalistas também foram efetivamente amordaçados neste evento, na hora de se credenciarem, a FIFA incluia a aprovação formal de uma cláusula que impede as organizações de mídia de criticá-la, comprometendo claramente a liberdade de imprensa[6].
A ironia maior desta história toda é que o futebol era originalmente o esporte da classe trabalhadora. Ir assistir aos jogos nos estádios era uma atividade de baixo custo e de fácil acesso para as pessoas que escolhessem passar 90 minutos das suas vidas esquecendo o cotidiano sob a bota do patrão e do Estado.
Hoje, o futebol negócio e a Copa do Mundo trarão lucros exorbitantes para um pequeno grupo da elite mundial e nacional (com milhões de gastos desnecessários, especialmente em um momento de crise capitalista mundial), que cobram aos seus clientes-torcedores- espectadores milhares de rands, dólares, libras, euros, etc., para assistirem futebolistas caindo em excesso e mergulhando em campos super bem tratados e que discutem, através de agentes parasitários, se são ou não dignos de seus salários mirabolantes (Kaká recebe mais de 10 milhões de euros por ano no Real Madri).
O jogo em si, que em muitos aspectos, mantém a sua beleza estética, perdeu a sua alma trabalhadora e foi reduzido a uma série de produtos destinados a serem explorados e consumidos.
Bakunin disse que "as pessoas vão a igreja pelos mesmos motivos que vão a um bar: para hostilizar, para esquecer a sua miséria, para imaginar serem, por alguns minutos, também, livres e felizes”. Talvez possamos dizer o mesmo do futebol negócio, com estas bandeiras nacionalistas agitadas e a sua cegueira, com as estridentes vuvuzelas. Deste modo parece mais fácil de se esquecer do dia a dia, de tomar parte na luta contra a injustiça e a desigualdade.
Mas numerosos também são os que continuam o combate, e a classe trabalhadora, os pobres e as suas organizações não são assim tão maleáveis às ilusões quanto o governo gostaria de crer. Construiremos acampamentos temporários junto aos portões dos estádios onde tiver aglomerações, ações de greve geral - autorizadas ou não.
E apesar dos insultos, das zombarias e os rótulos de "antipatrióticos" e a supressão da liberdade de expressão, vamos fazer ouvir as nossas vozes para denunciar publicamente as desigualdades terríveis que caracterizam a nossa sociedade e os jogos mundiais que se disputam em detrimento da vida daqueles sobre os quais se construíram os impérios que, no fim das contas, serão destruídos.
Abaixo a Copa do Mundo!
Phansi [Abaixo] a repressão do Estado e do nacionalismo que nos divide!
Phambili [Viva] a luta do povo contra a exploração e os lucros!
Mais infos:
Frente Anarquista Comunista Zalalaza (ZACF)
Sítio: http://www.zabalaza.net/    
E-mail: zacf[arroba] zabalaza[ponto] net
Postnet Suite 47,
Private Bag X1,
Fordsburg, 2033,
África do Sul
Notas:
[1] See Star Business Report, Monday 7th June, 2010.
Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana
dia de chuva –
o sapo cantador
se sente em casa
 
Carol Ribeiro

domingo, 13 de junho de 2010

O DESPEJO SEM ORDEM

c.i.c.a.s.
(Centro Independente de Cultura Alternativa e Social)
NA ÚLTIMASEXTA-FEIRA, 11/06/2010, DURANTE PLENA ATIVIDADE, AS PESSOAS QUE SE ENCONTRAVAM NO CICAS E TODOS OS MÓVEIS E EQUIPAMENTOS DO ESPAÇO FORAM REMOVIDOS A FORÇA. FOMOS DESPEJADOS DO CICAS ATRAVÉS DE UMA AÇÃO INDEVIDA E VIOLENTA DA SUBPREFEITURA DE VILA MARIA/VILA GUILHERME, APOIADOS PELA POLÍCIA MILITAR E A POLÍCIA CIVIL METROPOLITANA, AGINDO SEM MANDADO DE DESPEJO OU QUALQUER OUTRO TIPO DE DOCUMENTO.
DESDE A PRIMEIRA ABORDAGEM VERBAL, ONTEM, 10/06/2010 AS 10H DA MANHÃ, SOBRE A IMINENTE "DEMOLIÇÃO" DO CICAS, NÓS AGUARDAMOS UM NOVO CONTATO DO SR. JOEL BONFIM, ASSESSOR DA Subprefeitura DE Vila Maria/Vila Guilherme, QUE SEGUNDO O CHEFE DE GABINETE DESTA MESMA SUBPREFEITURA, SR. JOSÉ CARLOS ROMERO, EM CONVERSA PESSOALMENTE CONOSCO, ROGER DURAN E RENATO GIMENEZ, REPRESENTANTES OFICIAIS DO ESPAÇO, O ASSESSOR IRIA NOS VISITAR NO DIA SEGUINTE PARA UMA VISTORIA COM O ENGENHEIRO RESPONSÁVEL PELO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA E CONSTRUÇÃO DE UMA UBS - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. A PALAVRA SIMPESMENTE NÃO FOI CUMPRIDA, TAMPOUCO O OFÍCIO FOI RESPONDIDO APÓS 24 DIAS. A SUBPREFEITURA PARECE AGIR DE FORMA ARBITRÁRIA, SEM NOTIFICAÇÃO PRÉVIA, SEM IDENTIFICAÇÃO OFICIAL DE FUNCIONÁRIOS E SEM APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO DE APOIO, OPRIMINDO A FORÇA AS PESSOAS LOCALIZADAS NO ESPAÇO A SE RETIRAREM, SEGUIDAS DE AMEAÇAS DE PRISÃO, ALÉM DA DEPREDAÇÃO DE TODO O PATRIMONIO DO CICAS, RETIRADO NO COMPLETO DESCASO POR UMA EQUIPE MAU EDUCADA E TOTALMENTE DESPREPARADA.

TUDO QUE HAVIA NO CICAS FOI REMOVIDO PARA A GARAGEM DOS CÃES, PRÓXIMA À REGIÃO, COM UM CAMINHÃO E UMA CAMINHONETE, AMBOS DA SUBPREFEITURA.

O CONFLITO PODERIA TER SIDO EVITADO SE A SUBPREFEITURA TIVESSE SE DIRIGIDO ATÉ O LOCAL E AO MENOS BUSCADO OBTER O MÍNIMO DE CONHECIMENTO DO TRABALHO QUE VEM SENDO REALIZADO NAQUELE LUGAR NOS ULTIMOS 3 ANOS, QUE ESTÁ INCLUSO EM PUBLICAÇÕES OFICIAIS COMO A DO PROGRAMA VAI, O GUIA DE SARAUS DA CIDADE, E ATÉ MESMO EVENTOS, COMO O QUE ACONTECERÁ AMANHÃ, 12/06/2010, PROMOVIDO PELA SECRETARIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE E POR ESTA MESMA SUBPREFEITURA QUE ATENTA CONTRA A EXISTÊNCIA DO ESPAÇO, COMO ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES DA AGENDA 21 PARA A SEMANA DO MEIO AMBIENTE.




FATO: O CICAS ESTÁ ABERTO, NÃO ESTÁ LACRADO. PORTANTO AMANHÃ, SÁBADO, 12/06/2010, A AGENDA DE ATIVIDADES SEGUE CONFORME PROGRAMADO ( FLYER ABAIXO), TENDO INÍCIO AS 10H DA MANHÃ COM A REUNIÃO DOS COLETIVOS E O PROGRAMA FÁBRICAS DE CULTURA, DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ESTAREMOS LÁ E CONVIDAMOS TODOS A TOMAREM PARTE DESSA HISTÓRIA, O MOMENTO É CRUCIAL PARA QUE TODOS POSSAM TER ACESSO À CULTURA GRATUITA ONDE QUER QUE SEJA!

A PROGRAMAÇÃO COMEÇA ÀS 10HS COM DIVERSAS INTERVENÇÕES, DEBATES E, PRINCIPALMENTE, COM A INTENÇÃO DE UNIR AS PESSOAS EM PROL DESSA CAUSA E ORGANIZAR AS AÇÕES E MEDIDAS POSSÍVEIS A SEREM TOMADAS NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, 14/06/2010, PARA QUANDO ESTÁ AGENDADA A DEMOLIÇÃO, SEGUNDO A SUBPREFEITURA.

A DEMOLIÇÃO DO CICAS



QUANDO OS ACONTECIMENTOS DE HOJE CHEGARAM AOS OUVIDOS DA SECRETARIA DE CULTURA, GRAÇAS AO ENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA PARA VALORIZAÇÃO DE INICIATIVAS CULTURAIS – VAI, DA PRÓPRIA PREFEITURA DE SÃO PAULO, UMA REUNIÃO DE URGÊNCIA FOI MARCADA PARA ESTA SEGUNDA-FEIRA, COM O SUBPREFEITO, REPRESENTANTES DO CICAS E MORADORES DA REGIÃO PARA A TENTATIVA DE CHEGARMOS A UM ACORDO. NA MESMA SEGUNDA-FEIRA QUE ELES AGENDARAM A DEMOLIÇÃO PELA MANHÃ, ELES PROMETEM QUE HAVERÁ UMA REUNIÃO PARA O PERÍODO DA TARDE. TEMOS QUE ESTAR PREPARADOS PARA EXIGIR A REALIZAÇÃO DA REUNIÃO ANTES QUE QUALQUER INTERVENÇÃO SEJA REALIZADA.

HÁ TRÊS ANOS, DESDE O INÍCIO DAS ATIVIDADES DO CICAS, ESTAMOS PROMOVENDO UMA MUDANÇA NO PANORAMA CULTURAL DA ZONA NORTE, JUNTO A INICIATIVAS DA BRASILÂNDIA, PERUS, FREGUESIA DO Ó, CACHOEIRINHA E PIRITUBA. SOMOS RECONHECIDOS COMO PÓLO CULTURAL DA ZONA NORTE PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E AGORA A SUBPREFEITURA DECLARA QUE DESCONHECIA NOSSA EXISTÊNCIA.

NOSSA AÇÃO NA SEGUNDA-FEIRA É DE RESISTÊNCIA - IMPEDINDO A DEMOLIÇÃO DO CICAS ATÉ QUE A REUNIÃO COM O SUBPREFEITO SEJE FINALIZADA E SEJA DADO UM DESTINO AO TRABALHO E AS PESSOAS QUE ALI SÃO BENEFICIADAS

http://www.projetocicas.blogspot.com/
www.sinfoniadecaes.org
projeto.cicas@gmail.com

sinfoniadecaes@gmail.com
ABAIXO ASSINADO
Fica CICAS - Assine http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6236