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terça-feira, 27 de março de 2012

Rock na Rua II (Caetité)







Ocorrerá no dia 14 de abril o “Rock na Rua II” em Caetité-Ba .Esse evento surgiu em uma conversa na internet entre Jackson Nascimento e Péricles Vinícius, onde a única proposta era ligar o som e começar a tocar suas músicas, e agora o evento está em sua II edição mantendo a mesma proposta do I e incluindo algumas outras, que seriam para expandir o ‘Cénario Rock’ na cidade e abrir espaço para que as bandas Iniciantes ou os Veteranos, possam estar mostrando o seu som.

INFORMAÇÕES:
ROCK NA RUA II (CAETITÉ - BAHIA) ,DATA: 14 / 04 / 2012
LOCAL: ANFITEATRO DA PRAÇA MATRIZ
HORÁRIO: 14:00 ÀS 00:00
BANDAS: BANDA SAGARANA / DIRETRIZ / KAOS E AFINS / QUEBRA COPOS BLUES BAND
MALMITEX / MISANTROPIA / NATURAL HATE / RÁDIO ATIVA / SEX DRIVE

 Adaptado da fonte: http://mikamiblog.tumblr.com/post/20011676723

domingo, 18 de março de 2012

5 Anos da banda Vomitos + 4 brigas na festa de aniversário = cena de Barreiras

Pra ser sincero, não tive como chegar no show do começo pra poder dizer com exatidão como começou tudo, estava aprontando o material da distro para poder levar pra vender, nas pressas ainda esqueci muitas coisas aqui em casa. Quando cheguei, a Repugnantes estava tocando, era a primeira banda do show, mas dava pra ver que a galera estava muito agitada, já tinha gente cansada e toda suada, o show aconteceu no beco do rock, houve a presença do pessoal de Santa Maria da Vitória que veio prestigiar a comemoração da Vomitos, o beco estava até cheio se comparado com o fato de não ter havido uma boa divulgação com cartazes e tal. Logo que a Vomitos começou a tocar a galera foi se recompondo, eu tava com minha banquinha até ver um início de confusão, quando fui ver tinha um cara com uma arma ameaçando um brother por causa de grana. Depois disso não fiquei com a banca mais, apesar de ter vendido um cd da Radicaos.
Uma coisa incrível com a Vomitos é que praticamente todas as músicas deles são sucessos entre a galera aqui, todo mundo sabe as letras e curte muito, eu até foi pra roda no show, tava muito foda mesmo, ainda rolou montinho de gente em Eu Não Vou Trabalhar, roda punk furiosa em Índia Pelada. A 3ª banda foi a Emphasis mas que teve uma grande demora pra poder subir no palco, um grande tempo se passou e nesse tempo eu acabei arranjando uma briga com 3 moleques. Quase tomei uma garrafada que por acaso acabou indo pro baterista da Vomitos, após o grande intervalo a Emphasis começa a tocar, e cara, eles tocam muito, não pude ficar no show por causa da treta que rolou comigo, mas ouvi e o instrumental da banda está excelente dá pra ver que o material autoral deles que vem por aí vai vir com tudo, durante o show deles teve outra briga, no começo do show da Repugantes teve outro, o que deu o show com mais brigas na história dos nossos rolês por aqui.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Batucada das Mulheres em Araras-SP


começando o batuque

camisetas com o stêncil da Anna
Oi garotxs! Estou aqui pra contar um pouquinho do que rolou dia 8 de março na cidade de Araras... (clique nas fotos pra ver maior!)

nos últimos arranjos, com feministas de todas as idades =)

megafone e muita coisa a dizer!
Estamos articulando um grupo de estudos e ação feminista, e nos juntamos às mulheres da Marcha Mundial daqui da cidade para fazer algo. Depois de uma noite de ensaio com gritos de guerra, marchinhas e forró, pintura de camisetas e cartazes (que alguns inclusive foram colados na faculdade), fizemos essa batucada linda na hora do almoço, com várias meninas, andamos pela praça, megafone na mão, estatísticas, meninos panfletando e conversando com transeuntes (isso mesmo, meninos s2)...

a companhia e a diversão já valeram o dia...

 


Ainda tiveram outras apresentações e eventos na Praça Barão, com música ao vivo de MPB (uma cantora com uma voz linda por sinal, mas não descobri seu nome), o grupo de teatro Borandá, de Limeira, com a apresentação de uma peça sobre Maria da Penha, bem legal e reflexiva...

instrumentos
Fomos filmadas e fotografadas pelo pessoal do sindicato que organizou as outras coisas, as fotos aqui são de Lô Ferreira e Thalita Roncolato, temos um vídeo na edição... Obrigada pelas meninas que vieram, pela carona que ganhamos, pela pipoca de almoço, para as mulheres da luta da cidade que tivemos o prazer de conhecer e esperamos fazer várias coisas juntas ainda, pelas pessoas que passaram e conversaram, por todxs que estiveram lá e ajudaram; pelas que não puderam vir dia 8, pelas que lutam em todos os lugares, pelas que precisam lutar... um abraço sincero...
Seguiremos em luta até que todxs sejamos livres!!!

sábado, 10 de março de 2012

Banda Vomitos completa 5 anos

Só não conhece a banda Vomitos quem não acessa nosso blog, pois de vez em quando sempre tem alguma notícia dela por aqui. Completando seus 5 anos de banda a Vomitos chega com sua nova fase e um show de comemoração que vai rolar no velho Beco do Rock. Parabéns a banda que conseguiu sobreviver tanto nas mazelas culturais, levando seu rock para várias cidades como Correntina, Santa Maria, Brasília, Luís Eduardo Magalhães, Cotegipe. Que venham mais 5, 10, 15 anos de rock não só pra Vomitos mas todas as bandas que estão na cena levando adiante sua música.
Clique nesse link e veja todas as matérias que já publicamos sobre a banda Vomitos: http://aonderaioseuvimparar.blogspot.com/search/label/vomitos

sexta-feira, 9 de março de 2012

I Festival Multicultural Em Guanambi-BA

Almas perdidas e sedentas por cultura, agora vocês terão um mínimo momento para sedar essa dor que tanto vos persegue, como? Simples, é só locomover para Guanambi-BA nos dias 26 a 28 de abril deste ano (2012) que irão encontrar as mais variadas manifestações culturais do alto sertão da Bahia, desde pinturas regionais a bandas de rock. Se por acaso você tem banda também trago uma boa notícia pra você pois o evento está chamando bandas para tocar, desde que sejam da Bahia, as bandas terão uma hora de apresentação, para tocar basta se inscrever no evento pelo site Toque no Brasil (TNB). Essa é a página do evento: http://tnb.art.br/oportunidades/i-festival-multicultural/ Boa sorte pra quem vai se inscrever, e bom evento pra quem vai participar (apenas) como apreciador.

terça-feira, 6 de março de 2012

Sobre a democracia

Eu realmente não gosto da democracia, em nenhuma forma, dizer que há uma política que agrade gregos e troianos é como dizer "vamos combater o racismo mas vamos preservar o nazismo, afinal é a cultura de um povo". Democracia não passa de uma ditadura disfarçada, mas é uma opressão do mesmo modo, uma opressão que @s socialistas que se dizem amig@s das minorias nunca irão ser contra, uma minoria que até o candidato mais bonzinho iria se opor, sabe por que? Por que eles tem seu pedaço garantido, nessa corrida absurda pelo poder de controlar outras pessoas, isso é a democracia, é o controle com o aval do senso comum, educado a nunca desobedecer. Democracia é esmagar ainda mais a minoria.
Você me pergunta, e o que eu tenho pra oferecer em troca disso tudo? Autogestão, eu respondo, baseada em justiça social, igualdade. Um povo se gerindo como um organismo vivo que somos, vivendo com respeito e cultivando amor, igualdade entre as pessoas, não uma escalada social em busca do poder, que só divide as pessoas. É nisso que acredito, renego qualquer falsa igualdade, qualquer valor imbuído de desejo ao poder.

Foda-se seu status quo.

Narradores do Açu - Webdoc

Esse documentário, é sobre uma situação similar à Pinheirinho, o Quilombo Rio dos Macacos e várias outras situações no nosso país, fala sobre uma região no norte do estado do Rio de Janeiro onde uma comunidade sofre o terrorismo praticado por uma empresa estaleira encabeçada pelo Eike Batista, um milionário brasileiro. Na sua tentativa de criar mais "progresso" para o Brasil ele expulsa uma população de agricultores que viveram sua vida toda da terra e sem outra coisa a fazer na vida. Enfim vejam com seus próprios olhos como é construído o progresso do Brasil:

segunda-feira, 5 de março de 2012

Continuando sobre a situação do Quilombo Rio dos Macacos:

Para entender melhor a situação do Quilombo Rio dos Macacos apresento aqui um vídeo com uma audiência pública realizada no próprio Quilombo com representantes da presidenta e também com emocionantes falas do povo quilombola em defesa de sua existência. Vale lembrar que essa audiência foi realizada antes do dia 4 (que foi ontem), data em que a polícia estava lá para poder realizar a reintegração de posse de um lugar que nunca pertenceu à ninguém a não ser a população quilombola que já reside na terra.
No grupo do facebook do quilombo foi postado o seguinte relato: Aos que tenham interesse em saber, o processo do final de semana no Quilombo, começou na noite de sábado, quando uma escolta comandada por um sargento da Marinha de nome Tibério, atentou contra a vida de um senhor de idade (seu Orlando), e de suas filhas e cunhada. Tivemos que nos mobilizar até as duas da manhã pra registrar queixa na 8a Delegacia e comunicar o comandante presente na Base Naval. Cinco viaturas da PM foram chamadas pela marinha para "nos conter" e o Major PM que comandava a operação "deixou escapar": "nós já estávamos convocados para a desocupação, não achamos que vcs fossem antecipar o protesto"...Domingo pela manhã, a guerreira quilombola Rose nos ligou informando que haviam tratores, viaturas da PM e tropa de choque da marinha a postos, o que, segundo os advogados de quilombolas presentes, caracterizam as ações de desocupação. Segundo informações restritas, somente a atuação pacífica, mas firme, dos coletivos de movimentos negros, da sociedade civil e da imprensa, impediu a chegada do Oficial de Justiça e cumprimento da ordem de desocupação, por ordem ministerial. O ato político de 04 de março, foi uma brilhante prova do que podem os movimentos negros e sociais organizados na sociedade civil, alcançar, quando não estão amortecidos por estratégias partidárias e sim focados por demandas práticas do nosso POVO. AXÉ aos guerreiros quilombolas: entre marxistas, anarquistas, feministas, entreguistas, governistas, capitalistas: QUILOMBO SEGUE SENDO VANGUARDA!!!!!
Encerrando a postagem fica o vídeo com a audiência pública realizada no quilombo.

domingo, 4 de março de 2012

Sobre o Quilombo dos Macacos e sua reintegração de posse

Por tanto ter demorado pra escrever essa matéria, infelizmente hoje, é um péssimo dia sobre a luta dessa comunidade, pois a sua reintegração de posse já começou.
O que acontece no Quilombo dos Macacos é que lá é uma região protegida por lei, por ser um quilombo, mas a marinha da Bahia há 42 anos atrás ROUBOU suas terras para construir uma base, deixando para o povo do Quilombo o que sobrou de suas próprias terras, agora eles querem expandir a área da base e simplesmente acabar com toda a área! Aqui, eu deixo o manifesto escrito pelo próprio pessoal do quilombo:
Por favor, republiquem esse texto, compartilhem, compareçam nos atos se você morar por perto, não deixem isso passar!




MANIFESTO COMUNIDADE QUILOMBOLA
RIO DOS MACACOS

No balanço de fim de ano: violação aos direitos das Comunidades Quilombolas pela Marinha do Brasil




Encerramos o ano de 2011 com um balanço de violação dos direitos das comunidades quilombolas no Brasil.

A Marinha como inimiga histórica da população negra do Brasil - vide o exemplo da Revolta da Chibata, em 1910, e, 100 anos depois, os recentes eventos ocorridos em Alcântara, no Maranhão, em Marambaia, no Rio de Janeiro, e, agora, no Quilombo Rio dos Macacos, Bahia, onde mais uma vez o Ministério da Defesa, através da Marinha, corre o risco de responder numa corte internacional dada a situação de violações composta por um repertório que passa desde o impedimento de crianças irem à escola até a negação de socorro a pessoas centenárias. No território quilombola do Rio dos Macacos, oficiais da Marinha estão diretamente implicados em casos que levaram até mesmo a óbito.

Se tem uma expressão entre os poderes no Brasil que não conhecemos são as Forças Armadas, que se constituíram no País desde o início do século XIX com a missão de caçar negros e indígenas, impedindo qualquer forma de organização política destes dois segmentos . Ao longo do século XX, esta mesma instituição se articulou e cresceu no Brasil, sustentada por três pilares: trata-se de uma organização patrimonialista, sectária e focada na estratégia de guerra onde a maioria da população é tratada como inimiga. Só por isso foi possível atravessarmos o século XX com intervalo de democracia e realidade de ditadura, pois o último princípio de sustentação das forças armadas no Brasil conta com o elemento de ausência de qualquer mecanismo de diálogo e controle social por parte da população.

Portanto, o que está acontecendo em Rio dos Macacos coloca a Marinha em rota de colisão com a sociedade democrática de direitos, onde todas as instituições do Estado estão funcionando. A Marinha, enquanto instituição anunciada em sua missão de defesa, tem atuado constantemente violando os direitos humanos dessa e de outras comunidades que por gerações inteiras lutaram para conquistar, implicando na negação do direito de ir e vir, de expressão, de organização política, de acesso aos serviços básicos, como educação e saúde, do modo ser e fazer das comunidades que habitam secularmente e que tiveram seus territórios invadidos datado nos últimos 50 anos.

Nos últimos meses, como forma de enfrentar a organização política da comunidade Rio dos Macacos e da solidariedades de muitos grupos da Bahia e do Brasil, a Marinha protagonizou inúmeras ações violentas a exemplo do assédio diário à comunidade com dezenas de fuzileiros armados; invasão de domicílios atentando contra os direitos das mulheres; uso ostensivo de armamento exclusivo das forças armadas criando verdadeiros traumas em crianças, adolescente e idosos, que tiveram casas invadidas e armas apontadas para as suas cabeças; impedimento das atividades econômicas tradicionalmente desenvolvidas pela comunidade, como a agricultura e a pesca de subsistência como forma de inviabilizar a permanência no território.

Um saldo desse conflito desigual se evidencia no grande número de crianças, adolescentes e adultos que foram impedidas ou que foram forçadas a desistir de frequentar a escola. Na comunidade de Rio dos Macacos, dois fuzileiros ficavam de prontidão num ponto denominado pela comunidade como “barragem” para impedir a saída e entrada de pessoas, e quem insistiu foi espancado, preso e humilhado publicamente como castigo exemplar. Desde a década de 1970 que mais de 50 famílias foram expulsas do território e se mantém alto nível de hostilidade aos que permaneceram resistindo.

A disputa não se dá apenas no campo objetivo, pois a Marinha, ao destruir dois terreiros de Candomblé em Rio dos Macacos, também estabeleceu uma guerra contra a sustentação simbólica, que incide diretamente no ataque à memória, à cultura e às tradições, elementos fundamentais à identidade quilombola. Neste ponto, a Marinha viola todos os protocolos internacionais assinados pelo Brasil, a exemplo da Declaração de Durban, resultante da 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, na África do Sul, em 2001.

Diante da ampla mobilização e denúncias tão contundentes, diferentes órgãos e instâncias da administração pública do Governo Federal (SEPPIR, FCP, AGU, PGF, PGU, MDA,INCRA, MINISTÉRIO DA DEFESA E SECRETARIA GERAL DA PRESIDENCIA), implicados na garantia dos direitos das comunidades quilombolas, garantido no artigo 68 dos atos das disposições transitórias da Constituição Federal de 1988, que garante que “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os respectivos títulos”, regulamentado no decreto 4887/2003, em conformidade com Convenção 169 da OIT, tomaram como decisão realizar imediatamente o RTID (Relatório Técnico de Identificação e Delimitação), que é uma peça técnica fundamental para que a presença da comunidade no território seja entendida pelos poderes públicos.

Estranhamente e de forma arbitrária, a Marinha achou-se no direito de impedir um órgão da administração federal, o INCRA, de cumprir com o dever constitucional e o acordo institucional firmado no dia 3 de novembro de 2011. No dia 09 de dezembro, a Marinha anunciou que não ia permitir a entrada dos técnicos do INCRA no local, alegando que as ações daquele órgão no sentido de realizar os estudos necessários à regularização das terras dos quilombolas e assim cumprir o que manda a Constituição seriam incompatíveis com o interesse público. Leia-se, como interesse de ampliar a Vila dos Militares.

Desta forma, enquanto a Presidenta descansa sem talvez saber o que se passa a poucos metros da caserna, guarnecida pelo aparato militar, também o INCRA e seus servidores estão sob ameaça, pois a Marinha, nos termos do documento anexo, promete, “utilizando-se dos meios permitidos em Regulamento para inibir qualquer prática atentatória à perda das garantias de manutenção da Dominialidade Federal da região”, barrar o processo de realização dos direitos constitucionais da comunidade.

Por tudo relatado, exigimos providências imediatas por parte da Presidenta da República e pelo Ministro da Defesa, pelo fim da violação dos direitos humanos, pelo garantia dos direitos quilombolas e pela imediata regularização fundiária do Território da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos!!!

Assinam:
- Comunidade Quilombola do Rio dos Macacos
- Comunidades Quilombolas do Recôncavo: Alto do Tororó, São Francisco do Paraguaçu, Giral Grande, Tabatinga, Guerém, Porto da Pedra, Salaminas-- - Putumuju, Santiago do Iguape, Bananeiras, Maracanã, Porto dos Cavalos, Praia Grande, São Brás, Cambuta, Acupe de Santo Amaro
- Conselho Quilombola da Chapada - BA
- Movimento de Pescadores e Pescadoras - BA
- CDCN - Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia
- Articulação em Políticas Públicas da Bahia
- AATR – Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais - BA
- Conselho Pastoral dos Pescadores
- FASE-BA

Aqui temos um comunicado postado hoje sobre a situação:

Neste momento Marinha Brasileira descumpri acordo e quer expulsar moradores do Quilombo do Macaco.

RIO DOS MACACOS RESISTE, MAS ESTAMOS TEMENDO A VIOLÊNCIA DE SEMPRE DA MARINHA DO BRASIL...

Marcada para a hoje, 04.03.2012, e suspensa por ação da Presidência da Republica (Secretaria Geral, SEPPIR e FCP), a tomada do Território do Quilombo Rio dos Macacos, ainda não foi assimilada pela Marinha do Brasil, que mesmo diante da suspensão insistir em tencionar e atentar contra os direitos da comunidade. A Marinha do Brasil não pode realizar esta ação hoje mas neste momento a comunidade está vivendo uma grande tensão, pois já tem mais de 03 caminhões de fuzileiros dentro da Comunidade, cada um com cerca de 80 homens, do lado de fora tem os militares da Bahia (que não podem entrar por se tratar de área federal) e 01 trator posicionado no portão da Vila Naval, área tomada da comunidade há 42 anos pela Marinha do Brasil. A Polícia Federal é a única instituição que pode cumprir a decisão desastrosa da 10ª Vara Federal na Bahia, mas está não irá em Rio dos Macacos, pois não pode agir acima das Leis. Qualificamos de desastrosa a decisão, porque a Comunidade de Rio dos Macacos não foi ouvida em qualquer fase do processo, estando a justiça agindo em um único pólo.

A Marinha do Brasil, não pode tomar o Território de Rio dos Macacos, porque ela como instituição Brasileira não está acima das demais instituições nacionais, vivemos sob a vigência do estado democrático e as instituições estão em funcionamento. Agindo com um modus operandi irreconhecível por instituições marcadas pela hierarquia e disciplina, ontem a noite (03.03.12) um senhor da comunidade sofreu um atentado contra sua vida, quando quase foi morto com um tiro em sua direção, dado por um membro da corporação, identificado pela comunidade. O caso foi registrado em uma delegacia da região. 

O Artigo 68 da Constituição de 1988 e o Decreto 4887/2003, garantem os direitos da ocupação secular da Comunidade. Rio dos Macacos está naquele Território há mais de 238 anos e não pode ser derrotado, por um crime de uma instituição que, ao contrario, deve garantir e fazer valer as Leis do país, por isso precisamos das/dos jornalistas agora em Rio dos Macacos. Todo o mundo precisa saber, para impedir uma tragédia hoje em Salvador, aos nossos olhos.

Mandem essa nota para todas as pessoas possíveis, para todas as redes, não podemos ficar em silêncio diante da possibilidade de uma barbárie, O Brasil e o mundo precisam saber!

Nossa luta é todo dia!!!
Vilma Reis 
Presidente do CDCN - Bahia
Profa. Sociologia - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias
Campus XXIII, UNEB - Seabra
Coordenação Colegiada do Programa CEAFRO
CEAO: Centro de Estudos Afro-Orientais - FFCH/UFBA 
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 02 de Julho 
Salvador/Bahia, Brasil, Cep.40.060-180 
Tel.             (55-71)3283-5520       , Fax.(55-71)3322-2517, Cel.(55-71)9994-3749 
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