Poluição Sonora-Biografia Completa

Início de 2006, Correntina-Bahia.

Naquela época estava passando por tantos fluxos de idéias que nem sabia direito como focar tudo que eu pensava e sentia, a certeza que eu não concordava com muita coisa nessa cidade, como havia rumores de uma possibilidade de tocar no Rock In Rio São Francisco eu fiquei bem mais feliz pois vi a chance de mostrar minhas idéias para um público que queria ouvir, eu queria sentir correspondência na minha idignação para uma possível mudança nesse oeste que mesmo sendo novo é tão velho. Para poder tocar eu precisaria de mais gente afinal cantar e tocar nunca foi minha praia, mas quem? Tive idéia de nomes, chegamos até a ensaiar mas a pessoa não tinha nenhum vínculo com o som ou idéia, então tive a idéia de chamar Maurício para tocar violão comigo: isso me deixaria livre pra cantar. Ajudou na escolha o fato dele ter um violão, e Maurício indicou o seu irmão para tocar conosco, que no caso seria o baixista, nosso primeiro ensaio estava marcado então eles chegaram em minha casa com mais um cara um amigo deles, Marcin que ficou vendo a gente ensaiar mas não se conteve e perguntou se tinha uns baldes pra ele, eu disse que sim então ele começou a usar aqueles dois baldes como bateria nós ficamos impressionados pois pra gente aquilo era como se descobríssemos o melhor baterista do mundo com sua melhor bateria, não teve outra: Marcin foi nosso baterista, Maurício foi pro baixo e Marcelo pra guitarra comigo e comigo no vocal a Poluição Sonora estava formada.

Primeiro show da banda

Consolidação da banda, primeiras canções e shows.

Quando a banda foi formada eu tinha uma letra escrita 'A Miragem', essa música além de ser a primeira da banda foi umas das poucas que a melodia foi composta pela banda inteira e não apenas por mim, 'A Miragem' também seria o nome do nosso primeiro disco que infelizmente não chegou a sair, a segunda canção foi Jagamunga Gabba Habba Hey! Jagamunga era uma expressão que um cara que conheci que não batia bem da cabeça, ele falava e a gente interpretava como uma coisa escrota, feia e sem sentido mas a expressão na música é algo de puro dadaísmo eu acho mas era isso. Como minha mãe não queria que a gente ficasse usando os baldes dela nós tínhamos de arrumar um jeito foi quando descobrimos que a fanfarra da escola tinha umas peças que não usavam mais e estavam inutilizaveis (mas não pra gente) levamos pra casa e tivemos nossa primeira bateria.
Mais ou menos em junho se não me engano ficamos sabendo de um festival de cultura e que teria espaço para bandas como a gente, logo fui correndo atrás, chegada a data do show tivemos de correr atrás de umas coisas lá que sempre falta na última hora,mas o evento foi,todo mundo muito gelado pra tocar aquele nosso som cru sem harmonia mas calmo, as letras agressivas pra uma cidade de 30 mil habitantes me fazia ficar nervoso e contente mas ainda sim deixei minha fúria tomar conta ficamos muito feliz de tocar tirando a parte do babaca do som que ficava pondo a propaganda dele no meio da nossa apresentação.

Segunda "bateria" da banda

Ajuda Ao Vivo I.

Certo dia sentado num banco da praça, tive a idéia de fazer um show de rock onde teriam várias bandas tocando e o lucros sendo dados para pessoas necessitadas assim como no Live Aid, essa idéia foi um grande pontapé pro movimento do rock and roll local que estva bem crescente afinal já tinha várias bandas na cidade era um número até maior do que a cena suportava, depois de muitos, cansativos esforços (imagine quatro moleques que não tinham a mínima de como fazer um evento) nós conseguimos por o evento pra frente: nossa segunda apresentação, foi muito lindo e emocionante estar ali pois Correntina teve seu primeiro festival de rock and roll.



Fase Final da banda-Ano de 2007

Nós tivemos alguns poucos shows depois do primeiro Ajuda, deles foi na nossa escola o Duque de Caxias (Colégio Estadual de Correntina) show que enrolou tanto que quando a gente tava passando o som o pessoal tava pensando que era show, também apresentamos numa rádio comunitária na comunidade de Mucambo, fomos a primeira banda de rock a tocar, esse episódio de Mucambo foi bem legal pois a gente pegou a bateria da igreja e colocamos num ônibus que ia pra lá (Mucambo) só que a gente perdeu o ônibus! A bateria ficou lá a gente só tinha uma caixa na hora apresentação nós tocamos umas músicas nossas e uns improvisos um até em cima de Atirei o Pau no Gato, no fim do dia a gente encontrou com a bateria e fomos embora, outro show que teve também foi o Rock In Fest I (tamo esperando o segundo até hoje!) como eu e Volmer (da DRs) queríamos tocar uns covers de Red Hot Chili Peppers o cara do evento não quis deixar a gente como banda a parte, disse que só se tirasse tempo das bandas eu topei e deixei a Poluição com um pouco menos de tempo no evento esse também foi o show que Marcim teve a idéia de nós tirarmos a roupa no meio da apresentação e ficar só de cueca, dito e feito o fizemos teve risadas e caras feias mas indiferente a gente tocou desse jeito o dono do evento no final da apresentação tomou o microfone de mim então carinhosamente pedi pra dar os agradecimentos então ele cedeu o microfone então eu disse: "Aí pessoal esse é o nosso som quem gostou gostou que não gostou vai tomar no cu beleza?" ele ficou puto mas disfaçou com um sorrisinho hipócrita de "esses rapazes viu...".
Com o passar do tempo o pessoal da banda foi ficando com menos apego às idéias até pela banda em si,Marcim só queria tocar por diversão, Miguelo (Marcelo) faltava muitos ensaios, Fudo (Maurício) era mais leal à banda mas mesmo assim a banda sofria por que a mãe deles não concordava e eles não se rebelevam contra ela, nós também tínhamos descoberto coisas sobre a maçonaria e todos os caras eram de lá menos eu (é claro) eles sabiam que eram caminhos totalmente opostos o punk e o caminho "dos bons costumes" mas eles foram levando, levando e nunca sairam de lá também sobre a questão das drogas, Marcim não queria parar de beber (e nunca parou) o Ajuda ao Vivo II se aproximava e nossos ensaios tinham de ser poucos pois eu tinha de correr atrás das coisas Marcim não foi em nenhum ensaio praticamente,ele apareceu no dia do show, tocou na tora tudo pra mim foi a gota, vendo o fim que a banda estava tendo resolvi acabar com a banda antes que ela acabasse ainda existindo.

Links a respeito:
Comunidade Ajuda Ao Vivo (Orkut):http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=35927703

Comunidade Essa sim é a Poluição (orkut):http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=22614643

Myspace:www.myspace.com/amiragem