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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Alguns Vídeos da 2ª Noite do Horror

Olá garotada, mais uma vez venho trazer vídeos legais de crianças cantando músicas aprendidas na escolinha!
É isso mesmo! Vou trazer pra vocês alguns dos vídeos que consegui upar da segunda noite do horror uma festinha organizada pelos meninos do pré 2!




Trailler do documentário Impasse

Um documentário sobre a luta do passe livre.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Resenha da Segunda Noite do Horror

Radicaos

Natal, época de ir passar com a família valores que apenas sustentam a hipocrisia da sociedade. Nós não somos assim, somos a diferença e viemos trazer uma pitada de horror, viemos fazer do natal uma noite de horror, não apenas isso, fizemos dessa data a 2ª Noite do Horror. Um evento extremamente marginal, para pessoas marginais com bandas feitas de marginais, assim que se resumia o evento.
Para abrir o show a banda Os Biés fez sua apresentação, esta que foi totalmente desconstruída pela própria banda que ensaiou um repertório durante a semana e na hora do show resolveu fazer um repertório totalmente novo, isso incluía pegar as músicas na hora, com um ar de irreverência, apatia e morbidez a banda fez seus discursos e improvisos todos dedicados à Apolônia Vamp, uma menina mochileira que acabou morrendo afogada em Barreiras.
A galera estava atônita, Rick Vomito que foi vocalista toda hora estava na roda junto com a galera, havia agitação, ao mesmo tempo que havia um clima sombrio no ar.
Logo após Os Biés veio a SKT que infelizmente não tocou sua única música própria, fazendo uma apresentação agitada com covers de Misfits, Wander Wildner, Replicantes e outros mais.
Vomitos 
Com algumas músicas ensaiadas minutos antes do show entra a Radicaos, que como anunciada trouxe seu víbora rock (??) para os ouvidos de tod@s aquela noite. Sua apresentação não fez cerimônia para tocar os clássicos da banda e seus covers, os discursos nesse show estavam até um pouco superficiais mas a banda apresentou de uma maneira nunca vista antes, muito gás, bons improvisos, vale destacar aqui que a banda protagonizou as cenas marcantes no show, como a versão reggae de Papai Noel Velho Batuta dos Garotos Podres, e um final extremamente transcendental da música Comprebeba.
Depois aconteceu o show da Vomitos, uma banda que dispensa comentários por sua marcante presença de palco, vários covers, mas é claro sem faltar músicas próprias como Abadá, Índia Pelada e até, uma música quase esquecida pela galera foi tocada nesse show, Seu Zé Bim.
Vomitos
Logo que o show da Vomitos acabou começou uma das partes mais bizarras do show, os instrumentos ficaram no palco para qualquer um tocar, então se havia uma galera que só sabia tocar um pouquinho, ou nada ou muito e queria um espaço pra si no show ela teve, como mais caótico que isso possa parecer foi assim mesmo que se deu, no fim depois que todo mundo se cansou de tocar foram dormir no show, ou andar de volta pra casa, todos foram, mas a memória de um evento marcante, por mais que não parecesse ficou, assim terminou a 2ª Noite do Horror.
Agora é só esperar o documentário que está sendo produzido ou ver alguns vídeos do show nos links abaixo.


 Vale lembrar que estou upando uns vídeos do show aos poucos no meu canal do youtube que é: http://www.youtube.com/user/Shedrinks




Punk rock é pra tod@s!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Relato de um detido durante o ato em Apoio a Ocupação Social Guerreiro Urbano

Hoje, dia 14/12/2010, ainda não fazem vinte e quatro horas do ocorrido no
dia anterior, quando fomos vítimas da brutalidade policial e da opressão do
Estado. A vontade de escrever esse relato, surge - em meio a tristeza,
indignação e esperança – da necessidade de se relatar para @s
companheir@sque estão na luta, bem como para esclarece a chamada
sociedade civil – que é
claramente manipulada pelo mídia corporativista burguesa – o que de fato
ocorreu durante esse turbulento dia de manifestação pacífica, que as câmeras
de mídia televisiva e impressa não puderam ou não quiseram captar.

O dia mal havia começado – era por volta de 9 da manhã – e eu alguns
companheir@s nos direcionávamos para a Ocupação Guerreiro Urbano, para
demonstrar nosso apoio e solidariedade para com aquelas famílias que antes
moravam de favor em casa de amigos e parentes, e alguns, infelizmente viviam
na rua. Famílias essas, que não se deixaram abater pelo desespero e pela
desesperança, ao contrário, viram no *apoio mútuo* e na solidariedade uma
ferramenta para transformar a sua condição de vida, organizando-se e
ocupando um prédio do INSS abandonado há mais de 20 anos.

O clima na entrada era de paz e alegria. Na porta da Ocupação, marchinhas de
carnaval e sambas clássicos eram transformados em palavras de ordem, em
solidariedade aos ocupantes. O clássico de Bezerra da Silva, ao som de
pandeiros e um batuque improvisado, na hora virou: “Vou ocupar e não vou
sair agora. Vou ocupar e não vou sair agora. Se segura Guerreiro que vitória
não demora. Se segura Guerreiro que vitória não demora.”

Por volta das 10:00, alguns veículos da mídia corporativista burguesa haviam
chegado ao local. Tiraram algumas poucas fotos, conversaram com alguns
populares e manifestantes ao redor e fizeram algumas filmagens. Durante um
pouco mais de 20 minutos. Depois puseram-se do outro lado da calçadas e
ficaram conversando. Parecia que a felicidade, a paz e a alegria
d@smanifestantes e moradores não era “interessante” o suficiente para
uma
matéria jornalística. A sensação que tínhamos é que eles aguardavam um banho
de sangue para criar um verdadeiro *Espetáculo* com o sangue do povo. Eles
nos espreitavam, quase como urubus, sobrevoando um animal ferido em um campo
aberto, esperando o momento certo de atacar.

Era por volta das 12:00, estávamos tod@s relachad@s. Estávamos desde manha
no local, em meio ao sol escaldante de um quase-verão carioca. Tínhamos
muita sede e fome. Nessa hora, alguns companheir@s haviam trazido comida
para nós. Estávamos cansad@s mas prontos para demonstrar nossa solidariedade
pacificamente para os moradores. Foi na hora que estávamos comendo que a
brutalidade policial (“brutalidade policial” é uma redundância) e a opressão
Estatal teve inicio.

Eu estava sentado na calçada comendo um pão com tomate quando ouvi um grito
de um companheiro: “Levante, o choque está vindo”. Quando levantei já vi um
policial vindo em nossa direção, com um cacete imenso, spray de pimenta na
mão e um semblante horrível, como um carrasco da Idade Média vindo para
cumprir uma execução.

O próximo movimento que vi foi o seu cassetete em um movimento descendente
em nossa direção extremamente coordenando com seu spray de pimenta, quase
como em um *balé da violência*. Fui então, inúmeras vezes alvejados por
jatos de spray de pimenta no rosto, abaixei para me proteger, e o policial
não satisfeito lançou-o em direção da minha nuca e costas. Com os olhos
ardendo de uma maneira insuportável, a ponto de não conseguir abri-los e nem
de enxergar nada, fui arremessado pelo policial para longe d@s meus
companheiro@s. Com as mãos nos olhos e a cabeça e o corpo curvado para me
proteger fui andando. Infelizmente, mal sabia eu que estava andando na
direção de alguns policiais. A situação naquele momento era caótica, ouvia
muitos gritos, choros (inclusive de crianças que estava na Ocupação),
barulhos de pancadas (provavelmente dos cassetetes). Nesse momento, em que
sem saber andei em direção a um policial fui alvejado por este com mais
spray de pimenta, e em seguida ele me deu voz de prisão.

Ainda com os olhos ardendo muito, o policial me deu uma “gravata” e
posteriormente utilizou o cassetete na minha garganta, me sufocando inúmeras
vezes. O policial parecia perdido, não sabia bem o que fazer comigo, nem
para onde me levava, e enquanto isso eu agonizava sem ar. A polícia
brasileira – talvez mais a carioca – mostrou mesmo que eles realmente são os
“cães de guarda” do Estado e das Classes Dominantes. Eles não mostravam
nenhum domínio de alguma capacidade minimamente não-violenta, como o dialogo
e o acordo. Estão preparados para lidar com situações bélicas, e a final de
contas isso serviu para mostrar que a luta por moradia, e de maneira geral,
os movimentos sociais são casos de polícia, assim como na República do Café
com Leite – mostrou também a militarização da Questão Urbana.

Fui o primeiro a ser detido, mais 6 viriam se juntar a mim, posteriormente.
O filósofo francês Michel Foucault, afirmava já nos anos 80 que estávamos
rumando para uma *Sociedade Biopolítica*, isto é, uma sociedade onde o
controle sobre a humanidade se daria enquanto um controle sobre a espécie,
uma política da vida. Ele estava certo. A moradia é algo vital para o ser
humano e a luta pela moradia, bem como a tentativa de cerceá-la são disputas
e tensões biopolíticas. Mas podemos ver também que traços da Sociedade
Soberana, àquelas anteriores ao século XVIII ainda permanecem. As prisões,
tal qual as conhecemos hoje, são recentes, sobretudo a partir do fim do
século XVIII. Até então os crimes eram controlados principalmente, a partir
daquilo que Foucault chama de punição ou *castigo exemplar*. Já que não
existiam masmorras o suficiente para todos, os crimes eram coibidos através
da execução ou punição em público, amedrontando os possíveis criminosos,
utilizando um caso somente como exemplo para os demais.

Creio que o meu caso tenha sido semelhante. Como disse, fui o primeiro a ser
detido. Perguntei ao policial porque estava sendo detido, já que não havia
feito nada, o mesmo nem soube me responder o porquê: “Você está preso. Quem
vai dizer o porquê é o delegado”. Evidenciando uma clara tentativa de me
usarem como um “exemplo” para o resto d@s manifestantes. Em seguida fui
levado para o porta-malas de uma viatura. O calor era insuportável,
excruciante. À medida que eu suava – e como suava! – o suor escorria e
espalhava o spray de pimenta por todo o meu corpo. Era quente, escuro e
extremamente abafado, dificílimo de respirar. Quando @s companheir@s foram
chegando a situação foi piorando.

Várias irregularidades foram cometidas. Algumas companheiras mulheres foram
colocadas no mesmo porta-malas que nós, homens, uma clara irregularidade. Um
companheiro que foi levado sofre de claustrofobia – esteve a beira de um
ataque nervoso, mas mesmo assim foi colocado no porta-malas, só depois de
muita insistência d@s companheir@s que os policiais aceitaram a colocá-lo na
frente. Em um determinado momento, @s 7 detid@s estiveram junt@s no mesmo
porta-malas, uma clara violação dos direitos humanos. Pedíamos para os
policiais abrirem a porta para ventilar, mas assim que aparecia alguma
companheir@ para filmar ou nos fornecer água eles fechavam, se utilizando
desse terror físico/mental promovido pelo calor como uma ferramenta. Em um
determinado momento quando a água acabou, uma companheira nos veio trazer
refrigerante e os policiais simplesmente a impediram de nos dar a garrafa.
Ficamos nessa situação insuportável por aproximadamente uma hora.

Durante o percurso para a Policia Federal na Praça Mauá, o policial que
estava ensandecido ao volante, ficava fazendo curvas bruscas e freadas
repentinas repetidamente, na intenção de nos causar um mal-estar físico e
psicológico, já que ficamos chacoalhando como um saco de batatas. A sensação
era a mesma dos bois e frangos que ficam se sacudindo nas estradas,
esperando para chegar ao abatedouro. Durante o caminho nosso companheiro que
havia ido na frente, falou que os policiais ficavam provocando-o e fazendo
comentários violentos. Certa hora ele afirmou que um policial disse: “Tu é
do Morro da Providência então né? É, já matei muito vagabundo ali.
Esculachei muita gente lá, eu era do BOPE!”.

Chegando lá, por volta de 13:00 horas, felizmente os advogados e os
defensores públicos conseguidos graças aos esforços e organização
d@scompanh@irasjá estavam presentes. De início, achávamos que
ficaríamos esperando em uma
sala, por volta de algumas poucas horas para sermos ouvidos e posteriormente
liberados. Estávamos obviamente enganados. Fomos mandados para uma sela,
como se nós tivéssemos cometido algum crime e julgados. Fomos sentenciados
àquele castigo horrendo. A alegação? Defender o direito a moradia e lutar
pela construção de uma sociedade livre, justa e igualitária. Ficamos 5
companheiros em uma sela e as duas companheiras em outra. Não havia
banheiro. Somente 1 banco e uns colchonetes fedendo a urina no chão. Tudo
era sujo, apertado e fétido. A situação era horrível. O ar denso e pesado,
como se pudéssemos sentir o que as outras pessoas que estiveram ali
anteriormente passaram. Ás 13:30 fomos ao banheiro e comemos uma comida
trazida pel@s companheir@s. Dessa hora até as 18:30 ficamos sem comida,
banheiro, ficamos incomunicáveis. Nosso direito, garantido pela constituição
do telefonema só foi respeitado ás 18:30. Foi nesse horário também que foi
trazido uma sopa vegetariana de lentilha com pão pel@s companheir@s. Foi a
melhor sopa que tomei em toda minha vida, a sabor e o cheiro de
solidariedade somadas à fome foram indescritíveis.

Somente começamos a ser ouvidos a partir das 21:00, aproximadamente. A
medida que @s companheir@s saiam, podíamos ouvir o aplauso e os gritos de
felicidades que d@s companheir@s que estavam lá fora esperando por nós.
Aquilo era revigorante. Meu depoimento foi rápido, o delegado era jovem e
parecia estar cansado. Mostrava também uma descrença quanto ao alegado pelos
policiais.

Quando fui liberado, corri em direção @s companheir@s que me esperavam. Foi
realmente emocionante. Estar “livre” de novo e perto das pessoas que você
ama e que estão juntos contigo na luta pela construção de uma sociedade
livre, justa e igualitária é realmente incrível.

Agora temos que, a partir dessas lições, inclusive das lições do cárcere, de
fato aprender algo. A conjuntura é outra, é brutal. Eduardo Paes com a sua
política (étnica e de classes) de higienização urbana aliado ao Sérgio
Cabral, como BOPE ás UPP´s e toda a militarização da questão urbana, somente
atestam a gravidade da situação.

 Faço aqui um apelo á tod@s aquele(a)s que se identificam com a luta popular
libertária, para apoiar os movimentos e a população oprimida que está
sofrendo na pele as conseqüências dessa guinada fascista do Rio de Janeiro.
E á tod@s companheir@s que permaneçam na luta, não desistam. Já aos demais
militantes de outras organizações e setores, que se somem a luta, pois o
momento é de solidariedade e apoio mútuo.

Ser livre no império de empresários e autoridades.

Ser lúcido entre ondas de ar e sedativos.

Acreditar em si próprio sob a tirania da realidade consensual.

Ser sensível vivendo ao alcance de oficinas com condições desumanas,
estádios e matadouros

Com o cheiro de sangue no ar.

Sonhar com beleza, com as estrelas arrancadas do céu.

Os anjos engaiolados e os heróis demonizados.

Cantar com a garganta cheia do algodão da inibição.

Escrever sobre graça com mãos calejadas e faces ensangüentadas:

Ousar gritar, e até chorar, orgulhosamente, ante os olhos zombadores dos
juízes, do carrasco e da multidão.

Não ter medo: mover-se e seguir esse movimento

Até mesmo na morte, viver para se incendiar nos escombros.

Dar tudo: Beijar sem apreensão, vergonha ou comedimento,

Fazer amor na cidade do ódio.

E sim, estar vivo.

Vivo na terra dos mortos.

Viva a luta pela moradia!

Viva a luta pela autonomia e autogestão generalizada dos povos.

Pela construção de uma sociedade sem classes, sem exploração e sem Estado.









Pablo Campos Leal

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vegana


Resenha do Vista-se sobre o lançamento do filme Vegana, em SP, ontem:
http://vista-se.com.br/redesocial/lancamento-do-filme-vegana-em-sao-paulo/#more-5260

Desculpem nao ter postado o convite aqui, mas sempre coloco as divulgações de eventos no meu orkut, que acesso mais e posto mais rápido ;P

Maior jornal do Brasil processa blog independente e inaugura um novo tipo de censura

Ação inédita na Justiça está sendo boicotada pela mídia brasileira, que é dominada por poucas famílias, e abre um precedente terrível para todos os blogueiros do país
A exemplo do que aconteceu na eleição do Obama e em outros pleitos na Europa, na recente disputa presidencial brasileira, que terminou com a eleição da candidata de Lula (Dilma Roussef), a internet teve peso inédito na campanha eleitoral. A atuação de centenas de blogs foi especialmente importante porque, em sua maioria, eles apoiaram a candidata de esquerda (Dilma) e, por outro lado, praticamente toda a mídia convencional (rádio, TVs, jornais e revistas) defendeu fortemente o candidato de oposição, José Serra, que formou uma poderosa coalização política-midiática-religiosa conservadora — que acabou derrotada. A importância da Internet ficou óbvia no último dia 24 de novembro, quando Lula concedeu a primeira entrevista de um presidente brasileiro exclusiva para blogueiros. Foi um claro reconhecimento à sua importância e ao contraponto que eles fizeram à mídia tradicional.
Em meio a esse cenário, surgiu em setembro um blog chamado Falha de S.Paulo, uma paródia ao maior jornal brasileiro, a Folha de S.Paulo. Em português, “Folha” é uma das formas de referir-se a um jornal. E “Falha” significa falha. Era um blog recheado de fotomontagens, brincadeiras e críticas ácidas ao noticiário da Folha. Eram críticas sempre bem-humoradas, porém duras. Para se ter uma ideia, uma das montagens de maior sucesso (e mais irônica) punha o rosto do dono do jornal, Otavio Frias Filho, no corpo de Darth Vader. Pois bem: após um mês no ar o jornal entrou na Justiça para censurar o blog. Pior: conseguiu. Ainda pior: além de conseguir cassar o endereço, a Folha abriu um processo de 88 páginas contra os criadores do site, pedindo indenização em dinheiro por danos morais.
O jornal alega “uso indevido de marca”, por causa da semelhança entre os nomes Folha e Falha e porque o logotipo do site era inspirado no do jornal. A paródia foi criada por dois irmãos (Lino e Mário Ito Bocchini) que não têm ligação com nenhum partido político ou qualquer outra entidade. São duas pessoas “avulsas”, o primeiro jornalista e o segundo, designer. E agora os irmãos estão tendo uma dificuldade brutal (e gastando bastante dinheiro) para se defender na Justiça de uma ação volumosa do maior jornal do país. E a previsão dos advogados e professores de direito ouvidos pela dupla é a de que a Folha deve ganhar a ação, mais por ser uma companhia grande e poderosa e menos pelo mérito da questão em si.
Aqui entra o motivo pelo qual os irmãos Bocchini resolveram levar a questão para além das fronteiras do país: no Brasil, menos de 10 famílias dominam os grandes meios de comunicação. E uma dessas famílias é justamente a Frias, que ficou incomodada com a Falha de S.Paulo e suas brincadeiras como a do Darth Vader. Por corporativismo, nunca um órgão de uma família noticia algo relacionado à outra. É uma espécie de tradição brasileira. A censura de um blog, ainda mais seguida de um pedido de indenização, é uma ação judicial inédita no Brasil. Por conta disso, os irmãos Bocchini estão sendo chamados a diversos eventos de comunicação, convidados a dar palestras etc. Estão recebendo muita solidariedade de blogueiros e ativistas por liberdade de expressão de todo país, e figuras públicas como o ex-ministro Gilberto Gil gravaram depoimentos condenando a censura e o processo da Folha. Mesmo assim jornais rádios, TVs e revistas seguem ignorando completamente o assunto.
A preocupação geral é que, se o jornal ganhar essa ação inédita (como tudo indica que vá acontecer), um recado claro estará dado às demais grandes corporações brasileiras, sejam de comunicação ou não: se alguém incomodar você na Internet, invente uma desculpa como essa do  “uso indevido de marca”. A Justiça irá tirar o site do ar e ainda lhe conseguir uma indenização em dinheiro. Ou seja, está nascendo um novo tipo de censura em nosso país, justamente pelas mãos de quem vive da liberdade de expressão. E não estamos conseguindo furar o bloqueio da mídia convencional, dominada pelas tais poucas famílias que já dissemos. Por isso só nos resta agora apelar para o exterior.


O novo site dos irmãos Bocchini, o www.desculpeanossafalha.com.br tem todos os detalhes da censura. Os posts são em português, mas lá você confere esse texto em inglês, francês ou espanhol. E pode escrever em qualquer uma dessas línguas para desculpeanossafalha@gmail.com

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Natal sem teto

O Tribunal de Justiça da Bahia confirmou a liminar de reintegração de posse concedida à FAGIP contra a ocupação Guerreira Ninha, em Plataforma (Salvador), e a reintegração ocorrerá na sexta-feira (17/12/2010). As 70 famílias da ocupação não querem passar o Natal na rua! Divulgue e apóie!
Mesmo dispondo de todos os elementos para derrubar a liminar de reintegração de posse concedida pelo juiz da 13ª Vara Cível à FAGIP, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia manteve a liminar, mantendo a situação de tensão em que se encontram as setenta famílias da ocupação Guerreira Ninha, em Plataforma (Salvador).
O Tribunal de Justiça foi informado de que o Ministério Público deveria ter sido ouvido antes da concessão da liminar ? mas não foi ouvido. Sem isso, a liminar é nula.
O Tribunal de Justiça foi informado de que a FAGIP não comprovou a posse do imóvel, apenas apresentou um documento de compra e venda. Isto não prova a posse a FAGIP sobre o terreno, só uma "propriedade" não registrada em cartório de imóveis. Mesmo o Código Civil diz que alegar a propriedade de um imóvel não é razão para conceder reintegração ou manutenção de posse (artigo 1.210, parágrafo 2º).
O Tribunal de Justiça sabe, por dever de ofício, que o que está em jogo não é apenas a garantia ao direito de propriedade que a FAGIP diz ter, mas sim um conflito entre esta garantia e o direito à moradia de setenta famílias. É um sério conflito de direitos, que deveria resolver com mais parcimônia e justiça.
Mesmo assim, o Tribunal manteve a liminar. Passa a ser responsável, junto com o juiz Antonio Serravalle Reis (13ª Vara Cível), por fazer com que setenta famílias passem o Natal na rua.
A oficial de justiça prometeu retornar à ocupação Guerreira Ninha na sexta-feira, 17 de dezembro, com reforço policial. Segundo ela, já se chegará ao local derrubando os barracos.
Divulgue! Apóie a ocupação! Local: Subúrbio Ferroviário de Salvador, bairro Plataforma, entre as ruas 24 de Outubro, Cabeceira do Tanque e Tecelões de Baixo, a um ponto do final de linha.
Contatos:
Elaine - (71) 8859-0715
Pedro - (71) 8808-6718

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

2ª Noite do Horror

Opa galera Barreiras vai ter mais um show de rock dos undergrounds!
A 2ª Noite Do Horror dessa vez vai rolar na UNEB, com entrada totalmente de graça e ainda vai ter filmagem do evento, portanto se vc quer sair bem na fita da as cara na bagaça!
Bandas: SKT, Vomitos, Radicaos e Os Biés

domingo, 12 de dezembro de 2010

Causes



Vídeo muito legal que a Libertária me passou... didático, bem feito e muito fofinho!

sábado, 11 de dezembro de 2010

10/12/10 o dia que Barreiras parou!

Ontem dia 10/12/2010 houve uma ação direta contra o aumento da passagem do ônibus, o ato seria colocar uma barra de madeira segurando a porta do busão para o pessoal entrar de graça, mas o houve uma desarticulação do ato, o que resultou numa agressão da parte do cobrador contra os três punks que tentaram segurar a porta, em revolta foi mudada a estratégia; vamos parar o ponto de ônibus, foi feita uma corrente humana que em sua maioria tinha secundaristas que mostraram grande solidariedade com o movimento ao contrário do pessoal da uneb e ufba que apesar de terem presença crucial no ato não eram maioria.
Chegamos parar 13 ônibus no ponto, a polícia foi lá tentar intimidar e dissipar o movimento mas foi em vão a cada tentativa o povo se unia mostrando a eles que fuzis e coturnos não vão parar a revolução.
Antes da polícia chegar o fiscal da empresa fez com que alguns ônibus ficassem na BR parados para causar tumulto para que a polícia chegasse e nos atacasse, mas como foi dito, foi em vão, o máximo que eles conseguiram com isso foi liberar os ônibus que estam na br, 1 ou dois, o resto continuou preso até o fim do ato que aconteceu às 15h, fato que mostrou pra sociedade retardada de Barreiras que a luta vai ser cada vez mais intensa contra o aumento absurdo da passagem.
Encerro a postagem com as imagens dos atos que tirei e outras que já estão disponíveis na net.
A cassa às bruxas começou!

Fiscal que autorizou os ônibus pararem a BR (Camisa azul)
 

Alguns ônibus parados

Placa do ônibus que ficou parado na BR




Eu não tenho licitação!


o povo esperando o ônibus que está parado

 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sintetizando Barreiras Parte II

Como já introduzi o contexto na postagem anterior vou agora me aprofundar no acontecimento e nas ações que estão sendo tomadas. O Movimento Estudantil Unificado e os punks de Barreiras estão se movimentando e fazendo atos, como antes eu já postei por aqui o calendário de atos venho agora dizer mais ou menos como tem acontecido.
Na segunda-feira houve uma passeata com muitas pessoas onde saimos da câmara e fomos até a praça das corujas, esse trecho foi muito bom, chutamos todos os coletivos que passavam por nós gritamos, discursamos, atuamos, mas ainda sim foi pouco, a tv oeste teve por lá, que também foi xingada, fez uma matéria até, inclusive eu apareci na tv de novo, no fim lá na praça das corujas fizemos mais cartazes e faixas para a terça-feira, o dia em que seria votado o projeto de lei, um dos dias que mais vai render coisas para serem ditas, por isso vou encurtando a postagem, assim que puder irei escrever a respeito do que teve terça e quarta (hoje), e é claro, situar mais como estão nosso interesses e ações e as deles também.

Sintetizando Barreiras Parte I

A passagem do ônibus vai subir.Apenas com essa frase eu poderia concluir tenho que tenho para dizer, mas isso desencadeia uma série de fatos muito importantes que não vou deixar de falar.
Primeiramente vemos como os vereadores estão pagando de volta a grana que o dono de duas das 3 empresas de ônibus público investiu em suas campanhas.
Esse tipo de aumento que se não me engano é de 28.3% supera os 8% da inflação, e os outros aumentos que existiram pelo país a fora que foram de no máximo 9.5%, então logo podemos ver que as pessoas tem duas opções a primeira vista, uma é pagar essa taxa escrota, a segunda é juntar a grana e comprar uma moto, das consecionárias da cidade que tem seus donos ricassos e muito próximos dos políticos.
Esse tipo de política de encarecimento do custo de vida também resulta numa possibilidade de escoamento para cidades circuvizinhas que podem aproveitar dessa situação para mostrar seu potencial de crescimento, como as cidades vizinhas são mais calmas, mais baratas de viver seria muito mais lucrativo, mas é apenas uma das milhares de sugestões de possibilidades que resultam esse encarecimento de Barreiras. Isso pode ser também uma jogada de tentar deixar Barreiras mais próxima de Mimoso do Oeste que é acmmente conhecida por Luís Eduardo Magalhães, uma cidade que mostra muito bem o que vereadores aliados da burguesia tem poder de fazer com seu povo (para quem não sabe, essa cidade mudou de nome por interesses de ligação com o próprio ACM, a grana só ia entrar se a cidade tivesse um nome de interesse dele, algo assim) a coisa por aqui já está se encaminhando pois para a criação do projeto do aumento da passagem a câmara dos traidores vereadores teve reuniões com a classe empresarial envolvida com esse projeto, mas nada pra criação de uma licitação como é obrigação deles terem, afinal o transporte público daqui já roda há anos ilegalmente, sem licitação nem nada, eles estavam apenas falando de negócio$, o povo mesmo não teve nenhuma representação ou mesmo foi avisado dessas reuniões extremamente vis que tanto o poder público como o financeiro estão planejando.
Como tenho muita coisa pra poder dizer a respeito disso irei fazer uma série de postagens a respeito, então aqui encerro a primeira parte.