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Neste tempo de ocupação tudo que acontece dentro do campus está a cargo das pessoas que lá estão, com os portões fechados, a comunidade não faz ideia das condições que @s ocupantes estão passando, pois bem, estivemos lá e vimos uma situação realmente precária; não foram liberadas salas de aulas (ao menos uma por corredor como pedido) para que se pudesse alojar, tod@s estão dormindo em barracas, colchões ou no chão, sendo que a localização dos campi é próximo a mata fechada, além dos pernilongos há o problema do frio, mas parece que isso é algo irrelevante à atual gestão do campus. Coincidentemente a internet do campus Padre Vieira foi cortada na época da ocupação, no campus Prainha só há água em um prédio por que, segundo @s estudantes @s técnicos não querem se locomover até lá para ligarem a água nos dois outros prédios já que o campus fica fora da zona urbana e a ocupação está servindo de férias para essas pessoas, a empresa de ônibus local cortou as linhas que vão para o campus na ocupação. No campus Padre Vieira há apenas um banheiro com chuveiro e para se alimentar o pessoal está cozinhando alimentos recebidos de doações em um fogão improvisado com grades, tijolos e carvão no chão, o apoio da comunidade a esta situação é muito urgente, sinalizando a luta um estudante afirma que as conquistas que eles vão conseguir desta greve será para qualquer pessoa que vier a entrar na universidade futuramente que agora inclusive, está se expandindo para todo o oeste da Bahia. As bolsas de auxílio estudantil não foram pagas até hoje, o que resulta em um grande número de estudantes sem dinheiro para pagar aluguel de suas casas, comprar seus mantimentos, enfim, suprir suas necessidades básicas, inclusive ontem eles publicaram uma nota dizendo que as negociações estão interrompidas até que as bolsas
sejam pagas, já que a resposta que a comissão oficial da universidade apresentou não tinha absolutamente nada de concreto, cheia de "será analisado" "vamos ver" se colocando de modo totalmente alheia aos problemas que a própria universidade está passando, além disso a ocupação ainda sofre com a falta de estudantes que se disponham a a participar ativamente do movimento, desde participando da ocupação até com a doação de mantimentos, boa parte das pessoas que são de outras cidades estão tomando a época da ocupação como greve e voltaram para suas casa, enquanto seus colegas passam necessidades no campus, uma vergonha, diga-se de passagem.
Ocupação no campus Prainha |
Por não terem um acervo bibliográfico suficiente muitas vezes @s estudantes vão para a UNEB ou IFBA utilizar a biblioteca.
A universidade está há 7 anos em Barreiras mas ainda passa por problemas básicos, mesmo assim o governo implantou a UFOB (que antes era UFBA) que num curto prazo estará ativa em toda região, mas as obras nem começaram e o único campus que tem passa por situações que beiram a extinção de alguns cursos pela falta de condições. Houve já uma greve anteriormente encabeçada pelo curso de Geologia, e algumas das pautas da antiga greve ainda não foram atendidas e o curso mais precarizado dessa vez é Engenharia Civil, mas como resultado da greve anterior houve a contratação de professorxs efetivxs, que inclusive evitou a extinção do curso de geologia.
Já nos primeiros dias da atual ocupação foi publicado um edital de concurso, ou seja, há sim um retorno positivo para universidade, ao contrário que pessoas desinformadas ou de uma formação política deficiente costumam afirmar.
Essa matéria foi feita com base em uma entrevista informal realizada com o conselho estudantil, quem tiver interesse em ler as notas oficiais com as pautas e justificativas das ações do movimento de ocupação, pode baixá-las clicando aqui, vale lembrar que essas notas são as que foram publicadas até hoje (26/08/13).
Encerrando a matéria esperamos que esta tenha passado de forma clara o que está acontecendo atrás dos portões fechados da UFOB e que você se solidarize, @s estudantes precisam de sua ajuda, compartilhe o seu conhecimento sobre o assunto, faça doações de mantimentos, a causa é nobre e a necessidade é urgente.