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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ação direta contra a Petrobras na Nova Zelândia

[Um protesto forçou a Petrobras a suspender estudos sísmicos na bacia de Raukumara. Com cartazes com dizeres como “pare com o petróleo em águas profundas”, manifestantes pularam na água para bloquear o barco Orient Explorer, da empresa brasileira.]
Uma frota de cerca de 20 barcos de ativistas vem protestando há mais de uma semana no litoral da Nova Zelândia contra os trabalhos de perfuração de poços de teste pela Petrobras (Brazil's Petrobras International Braspetro BV).
A frota enfrentou nesta segunda-feira (11 de abril) o navio Orient Explorer, da empresa brasileira, que iniciou na semana passada os primeiros testes de perfuração na região.
Os ativistas reclamam dos potenciais perigos de contaminação ambiental em caso de vazamentos como o que ocorreu no ano passado em um poço da britânica BP no golfo do México.
Entre os grupos que participam do protesto estão aborígenes da região norte da Nova Zelândia, que temem a destruição dos recursos naturais dos quais dependem para sua subsistência.
"Não temos confiança nessa companhia ou no governo quando dizem que nenhum dano ocorrerá ao que nos é caro. Não queremos nenhuma exploração de petróleo ou perfurações nas nossas águas", afirmou Dayle Takitimu, da comunidade maori Te Whanau-a-Apanui.
"É totalmente temerário que o governo tenha convidado esta indústria para nossas águas, arriscando um desastre que poderia devastar nossa costa e nossa economia", disse Steve Abel, porta-voz do Greenpeace.
Os ativistas prometem continuar com as mobilizações até que o governo revogue a permissão à Petrobras para fazer explorações nas águas do país.
A Petrobras recebeu no ano passado do governo neozelandês a concessão para explorar durante cinco anos a existência de gás natural e petróleo na bacia de Raukumara, na costa nordeste do país, onde a maioria da população é indígena maori.
Os maoris não foram consultados sobre a decisão. Desde então vem acontecendo atos no litoral da Nova Zelândia em protesto pela permissão dada pelo governo à Petrobras para fazer explorações nas águas do país.
agência de notícias anarquistas-ana
O grito do grilo
serra ao meio
a manhã.
Yeda Prates Bernis

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