Boa noite galera! Estou aqui pra dizer o que andam acontecendo por estes dias aqui em Sampa... coisas em que eu tenha colado, que ontem mesmo teve um show da Egrégora no Sattva Bordô e nem soube...
Semana passada teve a Virada Cultural e nem preciso me alongar no que rolou né? No palco da Júlio Prestes Irmandade do Blues e Larry McCray (EUA) foi lindo, som ótimo, na sequência Misfits com um som de bosta, telão do meio pifando, ahn meu! Vá se ferrar! Voodoo Zombies depois tava com um som meio ruim ainda, mas nem se compara... E pra variar poucos ônibus, muito lixo (apesar de todas as lixeiras alardeadas, eu não vi tantas assim), e muita gente doidona hahaha. Valeu pela companhia da galera (amigos da sul e galera pós CCS, depois de um debate-palestra sobre feminismo sensacional - confira programação em http://www.ccssp.org/ccs/).
Mas hoje colei no Impróprio pra ver o que tava rolando... nunca fui muito frequentadora de lá, de vez em quando colava e sabia um pouco da história desse espaço libertário, sempre achei um lugar bem legal apesar de eu não me sentir muito à vonts por não ser muito sociável e não conhecer ninguém do "meio" - sim, eu me sentia uma e.t., mas enfim - o valor daquilo tudo só quem viveu e sentiu vai poder, quem sabe, ter uma idéia. Tá rolando uma programação bem intensa até domingão, com show, palestras, debates e oficinas. Hoje vi um debate sobre história, civilização e anarquia/ismo, pena que tava bem apertado lá no local, mas foi bem construtivo, show do Leptospirose (que já tem até uma resenha perdida aqui pelo blog que o Juninho fez pra gente de um show deles em Sanca) primeira vez que eu vi eles foi no show de 10 anos junto com o último show do Naifa, muito bom e esse não foi diferente - Eucalipto, sal, geladeira de isopor, surfe(!?) acho que já diz tudo, doidera do vocal (Quique) que aliás acho uma figura muito peculiar, aquela cara de tiozão e só falando resenha hehe... massa demais, repertório na mão pra provar que fui e curti =P
Egrégora nem sei o que falar, vou deixar aqui um trecho do que escrevi, no momento imediato ao fim do show, com todas aquelas coisas ecoando ainda na minha cabeça, a luz recém-acesa, as palavras retundando na cabeça, eu me reconhecendo nelas, tanta coisa no ar... e logo depois um abraço na carol, um no Túlio, e tudo está claro de novo, é noite, lá fora venta, faz calor, e continuamos...
"Ih, o privilégio de estar em um lugar onde há música (sim, aquela de verdade, que vem do fundo da alma, que transmite aquele calor, aquela força, que a pele arrepia, que move as pernas, e o quadril, e a cabeça, involuntariamente), e aquela energia no ar, e onde há as lutas, e a força, e a resistência, e o companheirismo, e o lado de fora não existe, mais, nem o pop, nem os carros, nem o sexismo, nem a desigualdade social, nem racial, onde ninguém te julga pela tua cara, tuas roupas, tuas tatuagens - ou a falta delas - teu cabelo, tudo tão surreal e tão eterno e tão efêmero e ah! como eu queria que não acabasse mais... "
E o lado de fora só existe quando a gente atua pra melhorar o que acredita...
Sim, isso me dá vontade de continuar...
"tudo que está vivo se move, o que não se move está morto"
AMO VOCÊS!
Eu sei que a gente que participa do blog não devia ficar postando aqui pq fica uma coisa meio de sem amigo, mas ficou introspectivamente fodona!
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