Correndo pra arrumar as coisas pra poder pegar o busão, assim que começamos a nossa ida à Satã Maria É Vitória (Santa Maria da Vitória), ritual feito por mais algumas pessoas da região que se aventuraram em sair de seus lares para ir a um furioso e herege show de death metal.
Com um certo atraso (como infelizmente é de costume por essas bandas) o show começou com as rajadas sonoras da banda Blizzard, que trouxe um thrash metal com o peso do Metallica, com seus covers bem executados, entonados por Hermiltinho, que junto com seu baixo trazia à banda uma atmosfera indiferente ao que acontecia, era somente o som e ele, já Jessé e Afonsinho (quantos inhos em uma só banda!) vinha logo depois revezando entre riffs e solos nervosos cheios de técnica e agressividade que só lendas como os membros do Metallica poderiam conceber.
Logo depois entrou a Bastard, com seu death metal mais do que clássico, a banda tem em sua formação
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Bastard |
George Possessed e Uelton Dark Entity que são ex
Dark Torment 666 e também Fabio Nosferatus que é um ex membro do Headhunter D.C. Que era a atração principal da noite. O clima do show já começou com sua abertura, onde uma música em latim (?) começou a tocar e todos com suas mãos chifradas levantadas ao céu profanando o espaço começaram a vibrar quando os ouvidos de
tod@s presentes foram atacados ao sinal da voz de Uelton gritando Bastard! E a cavalaria sonora veio logo atrás com seus riffs berrantes e abissais sendo guiados pela voz gutural e conduzidos por uma marcha possessa na bateria, apenas com duas músicas próprias a banda fez sua apresentação que não ficou devendo em nada para as outras que tinham um repertório mais extenso.
Mas voltando ao central, lá estava o Headhunter frente a frente com suas crias, várias gerações juntas ali. Seu som fez simplesmente todo mundo chegar perto e curtir numa boa, numa vibe de amizade onde o principal objetivo era curtir o metal da morte, vários clássicos foram tocados, e inclusive houve o lançamento de algumas faixas do álbum novo que vai sair; o Headhunter D.C. realmente fez do show um show épico e histórico sem sombra de dúvidas, cada um que esteve ali viu de perto o que é o verdadeiro metal o siginificado de ser um banger. Esbajando técnica, fúria, rapidez e muita humildade sem precendentes o show foi do começo ao fim uma lição sobre a palavra underground.
Não há dinheiro que pague ver pessoas que teriam todo o direito de estarem se gabando por lançarem discos em outros países e tocarem há tanto tempo, mas ao invés disso batendo cabeça junto com o pessoal da cena local, mostrando que no undeground não existem deuses, nem heróis, valeu mesmo Headhunter por ter deixado a lição pra todos nós.
Logo depois veio a Bahhabaz que como eu não estive presente deixo aqui nas palavras de Suzana a resenha do show deles.
"Poxa, lembro vagamente do show da Bahhabaz. Alguns momentos foram marcantes, como os registrados por Léo em sua câmera =P, mas o que me vem a cabeça quando me lembro do momento foi uma apresentação bem descontraída, com direito a leitura da letra em um papel, clássicos, um Fear of the Dark que não saía (e olha que a intro rolou duas vezes), e uma galera fazendo um show bom, com gente subindo no palco pra dar mosh, tomo mundo a vontade e curtindo, depois de uma apresentação tão grandiosa, de alma lavada."
Em seguida veio a Road Warriors que sem sombra de dúvidas fizeram o show mais enérgico de sua carreira, não teve fírula nem nada, eles já começaram tocando sua música autoral Winds On Face, num gás que deixou o fim do show ainda mais espetacular, não foi o fato de tocar por último que iria fazer a banda ter uma apresentação chata, pelo contrário, os Road Warriors mostraram seu potencial máximo nesse show, ressaltando que no show só teve praticamente dois bateristas, um é o do Headhunter, o outro foi George Possessed que tocou em praticamente TODAS as outras bandas tendo apenas um baterista de apoio em umas duas músicas na Road Warriors no fim do show, já fica aqui os nossos sinceros elogios a George por mostrar que não mede esforços para poder manter o rock do interior vivo, é gente como você que faz isso aqui acontecer cara! Valeu mesmo!
A banda executou vários covers incluindo Saxon, Judas Priest, entre outros, os fãs do metal raiz se deleitaram e que não conhecia curtiu num clima intenso de liberdade.
Logo após os membros do Headhunter D.C. Fizeram uma jam session com sua formação mudada, o vocal na bateria, o baixista no vocal, guitarra no baixo, num clima de descontração mesmo, fim de show, mas nem um pouco decadente e sim alegre.
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Badá, representando a cena de BJ da lapa |
Sem mais a dizer quero apenas agradecer ao pessoal de Barreiras que colou no show: Hévila, Robert Satan, Rafael Magnata, Alex (O peruano), Melquizedeque, o Badá de Bom Jesus da Lapa por mostrar que ainda há sobreviventes por lá, ao pessoal de Correntina, que foi conosco para o show, Ilanna e Alana, também queria pedir desculpas a Hermiltinho pelo pedal, e a Zé Paulo e todo o pessoal do Headhunter D.C. são pessoas como vocês que fazem a parada acontecer, vamos em frente que a resistência nunca se dissipe!
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Jam Session no final do show |
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Paulo Baloff na batera! |
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Road Warriors no fim do show |
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Show Road Warriors |
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Pessoal da Headhunter curtindo as bandas locais |
Como estou tendo problemas com upload, vou deixar aqui o link do meu canal, assim que puder eu vou estar atualizando com mais vídeos do show.
http://www.youtube.com/user/Shedrinks
Adíos Amigos!