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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Democracia na educação: II Conferência Intermunicipal de Manipulação

Pra quem achava que as decisões tomadas dias 11 e 12 de setembro na FASB representavam a opinião dos presentes, acertou. A falta de educação e caráter da mesa só competia com a ignorância do povão que estava presente. Um bom exemplo foi o episódio do lanche, foi dado o intervalo para o coffee-break, as pessoas saíram do auditório, o suco acabou, interromperam a distribuição da comida e a fila parou: todos ficaram esperando o problema técnico da organização ser resolvido e enquanto isso a mesa resolveu continuar a votação para poder “agilizar o processo”. De que adianta decidir políticas públicas de ensino quando os próprios professores não sabem discutir um tópico em ordem, uns querendo aparecer mais que outros, vetando o direito à voz, criando discussões inúteis só pra não dizer que não participou? A secretária de educação de São Desidério queria impedir a maioria de seus conterrâneos de votar as decisões. Como pode? Não vale a pena discutir medidas paliativas em uma sociedade podre, onde já se viu discutir algo como polícia nas escolas quando a polícia não resolve nem os problemas de fora dela? Se fora os policiais já batem o suficiente em transeuntes aleatórios, quem medirá forças com sua brutalidade em um local fechado? E, afinal, pra que tanta hipocrisia, se quem vai pra esse espetáculo armado do estado já sabe que nada ali é sério, e que nada será mudado? Não se discute tantas propostas (14 tópicos, cada um com quatro itens) em tão pouco tempo (menos de uma tarde). No anseio final fica o desgosto com essa burocratização da educação.
Onde estão os seguidores de Paulo Freire afinal?
Viva a Educação Libertária!

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