Páginas

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Preparações pra Marcha das Vadias de Araras - SP

Passei aqui pra deixar umas notícias sobre as preparações pra Marcha das Vadias de Araras, que vai rolar no dia 8 de setembro na cidade, sábado, às 9h da manhã (concentração no calçadão, centro da cidade).
Depois de várias reuniões para organização, já rolou divulgação na tv, rádio, panfletagem na rua em vários bairros, dias de feira e em universidades, batucadas (inclusive oficinas!), divulgação em outros eventos... Além de uma festa para arrecadação de fundos (a Marias do Patrocínio das Vadias, que foi um sucesso!) para comprar os materiais que usaremos, como os panfletos par distribuição no dia. Essa semana confeccionamos a faixa que levaremos às ruas. Tudo correndo muito bem, ansiosidade pela data!

Esse sábado agora dia 1 de setembro vai ter um debate sobre 'Violência contra a Mulher, Gênero e Saúde', uma formação que será ministrada pela Mariana Hasse, 14h na biblioteca municipal.

Numa das divulgações também falamos um pouco do nosso coletivo da UFSCar, o Bando de Marias! Aí vai o resumo que enviamos:


"O Bando de Marias é um coletivo feminista que se iniciou no começo de 2012 na UFSCar - campus Araras devido à necessidade de organizar mulheres que acreditam e lutam por uma nova sociedade sem desigualdade entre homens e mulheres. Buscamos problematizar as relações de gênero e sexualidade na sociedade de forma autônoma e solidária.

Ao nos depararmos no nosso dia a dia com tantas notícias de violência física, psicológica e sexual contra as mulheres, ao constatarmos que as mulheres, mesmo tendo conquistado sua posição no mercado de trabalho, ainda realizam uma jornada tripla e recebem salários menores que os homens por realizarem as mesmas funções, ao lembrarmos que o serviço doméstico não é valorizado, remunerado nem considerado trabalho, assim como cuidar e criar @s filh@s, vemos que ainda há muito a se avançar em busca da igualdade.

Precisamos do feminismo quando ainda existem leis específicas para proteção contra violência doméstica, quando vemos casos de intolerância à homossexualidade, quando o estupro acontece e tenta se colocar a culpa na vítima - o que foi o caso estopim para a realização da Marcha das Vadias no mundo inteiro, quando um policial disse que as mulheres deveriam parar de se vestir como se fossem vadias para não serem estupradas - e lembremos que a maioria dos estupros acontecem dentro de casa pelo próprio marido, como a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, da Fundação Perseu Abramo (2010), conclui: 42% dos casos de estupro os agressores são antigos ou atuais namorados e cônjuges das vítimas. Mulher não é objeto, não é posse, não é inferior, não é designada para nenhuma obrigação ou papel que não seja o que ela quiser.

Realizamos atividades como formação sobre as bandeiras feministas, com temas sobre patriarcado, gênero e histórico da luta, assim como oficinas. Você mulher que se identifica com a nosso coletivo, se sinta à vontade para comparecer em nossas reuniões!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário