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sábado, 13 de agosto de 2011

Barreiras no Undeground


    Um título com duplo sentido pra começar essa postagem, para quem não sabe, Barreiras é uma cidade do oeste da Bahia, mas não vou falar especificadamente sobre ela, e sim sobre as barreiras que são postas pela intolerância ou falta de maturidade no undeground.
É muito comum ver por aí a disseminação de um ideal de salvação de um estilo, como se houvesse algo para se morrer, do tipo, vamos ser os verdadeiros punk, ou bangers, ou qualquer coisa do tipo. Esse tipo de pessoa não consegue imaginar que a vida segue, que não vivemos nos anos 70 ou 80, que aquilo já foi, não adianta tentar viver como era antes, são outros tempos, e fatos são fatos, aquilo já era. Não estou querendo ser um dramático altamente nova escola, mas apenas estou querendo dizer que é importantíssimo sermos contextualizados com nossa situação atual, pois todo mundo que curte rock vai ter uma referência à pessoas que viveram há 10, 20, 30, 40 ou mais anos atrás, e a atitude dela nos fez o que somos hoje, o lance é bem esse, é fazer na música (ou nos outros contextos que concernem ao assunto) um diferencial como foi feito antes e não fazer A MESMA coisa, é meio complexo falar disso pois na minha opinião, devemos fazer sim a mesma coisa que foi feita antes mas no que se refere ao impacto na sociedade, na cultura em geral, pois convenhamos, vivemos num mundo onde o moicano é moda, piercing já se tornou algo corriqueiro em todo tipo de meio social, pra não se falar das tatuagens, mesmo com certos preconceitos, o cabelo grande já  nem assusta tanto se ele for bem cuidado (se for liso então, tá lindimais).
   Nessa onda de barreiras no undeground, eu queria focar no lance da união, e no respeito, pois as pessoas não conseguem ver que se TODO MUNDO TÁ NO MESMO BARCO, porra é de se indignar ver por aí gente falando mal de "falso metal", de emos, de pop, e até de REP, porra na moral, que merda!
   Quem é verdadeiro tá fazendo seu corre numa boa, sem se preocupar com os falsos, por que vivemos num sistema capitalista, tudo que é feito que ameace a ordem mais cedo ou mais tarde vai ser assimilado, aí é onde volto no que eu dizia antes, vamos mudar nossas atitudes, repetir o passado não vai mudar o futuro, o undeground é grande, tem espaço pra todo mundo, ver por aí punks que falam mal de rep é como ver um irmão falar que a mãe do outro é puta, pra quem não sabe, o punk e o *rep nasceram na mesma época só que em subúrbios diferentes , e você que não é punk e tá pensando que você tem direito de pensar que rep é merda é por que ou você é cheio da grana e tá lendo isso de um Ipod ou qualquer coisa do Steve Jobs ou você é muito idiota, por não sacar o que se passa de verdade, o rep é um estilo que por mais tenha artistas vendidos ou idiotas, ninguém que goste de música que venha de uma gravadora vai ter moral nenhuma para falar nada, afinal de contas o que tem de música batida de punk, metal e relacionados não é brincadeira, para finalizar a dica do dia do Terra Sem Lei é, se tem gente na sua cidade/bairro que quer tocar e não tem espaço una-se com eles (se você ver que seria um lance que vai realmente levar ao pessoal coisa de qualidade e mais ainda, pluralidade cultural, pois quem nos tempos de hoje parou no tempo vai perder a vida passar e nunca vai se encontrar.



*Rep- vem do estilo músical origninalmente com nome em inglês (rap- rhythm and poetry) em português rítmo e poesia.

"Free your mind and your ass will follow"
Funkadelic

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