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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Não Fique Triste e seu rock sem guitarras

Pode parecer baboseira pra uns, mas acho que esse lance de pós-modernismo tem muita coisa a ver com nossa época, veja só como estamos, não que isso seja exclusividade da Não Fique Triste, mas rock  sem guitarras é algo tão post rock quanto a progressão de Mogway ou Explosions in The Sky, a identidade das culturas cada vez mais se inventando pra sair da velha assimilação, do velho padrão.
Talvez essas três bandas tenham algo a mais em comum além desse rompimento e se o tem eu diria que é o sentimento posto nas músicas e sinceridade na composição e execução.
Uma valsinha bem simpática, eu diria, é aquele tipo de música que realmente dá pra chamar alguém pra dançar junto (ou pelo menos tentar, pra quem não sabe dançar, o que vale é a emoção, e o calor humano!). Baladas bem românticas e uma proposta bem ousada, fazer rock sem guitarras. O Não Fique Triste vem assim ousado e lindo te desafiando a não dançar no compasso da música que não é nem lenta e nem rápida, apenas suave. O único material até agora lançado é o áudio do último show que eles fizeram, a banda que já tem um ano tem em sua formação Nicolai Lamin – voz e trompete, Vinícius Souto - violão, Fernando Paiva - baixo, Caio Conceição - trompete e Daniela Magalhães – bateria.

Uma coisa muito interessante nesse material da banda é o cover da banda Ricto Máfia, que tem um som como eles mesmos dizem, terminal-pop algo como um post punk, a Ricto que inclusive já foi entrevistada pelo blog, é uma pioneira da cena sul-fluminense e ganhou uma versão bem original da Não Fique Triste, com trompete, violão, baixo e bateria.
Uma lado bem importante da banda é a atitude de estar levando para os espaços undergrounds 
uma música diferente e ainda 
sim não comercial, música limpa e sincera, de coração, pois nesse grande espaço de resistência que é o under, tem que haver espaço pra todo tipo de expressão positiva que nos faça pensar e sentir bem, conosco ou com o mundo e se ainda não for isso, que seja pra que isso aconteça, também acho bem interessante é o fato de ter uma menina na banda e não estar nem nas cordas ou nos vocais para "embelezar" a banda e sim na bateria, marcando presença e (o tempo) tocando um instrumento tão requisitado. Algumas vezes o som lembra o Sean Lennon, as vezes lembra alguma trilha sonora de filme francês, um copo de vinho sobre uma mesa, ou até alguma coisa regional do Brasil depende da hora, depende do humor.
Me despeço e desejo muita luz pra todo mundo e Não Fique Triste, um mundo melhor é possível!

Não Fique Triste Ao Vivo (download): http://www.mediafire.com/?yy9mw8pjljnu646

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